Presidente da Enel diz que 'não há crise' em São Paulo e que eventos climáticos não estão no contrato
Guilherme Lencastre disse que “eventos climáticos não estão previstos no nosso contrato”
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou nesta quinta-feira que a distribuidora recuperou a prestação dos serviços de energia para praticamente todos os 3,1 milhões de clientes afetados pelo temporal da última sexta-feira, sendo que atualmente 36 mil estão sem fornecimento, número que se aproxima da "normalidade" das operações.
A distribuidora que atende a região metropolitana de São Paulo havia informado inicialmente que 2,1 milhões de clientes haviam sido afetados pelo tempestade, mas corrigiu nesta quinta-feira esse número para 3,1 milhões.
Em entrevista a jornalistas, o executivo afirmou que 1 milhão de clientes tiveram seu fornecimento de energia recuperado "rapidamente" devido a recursos tecnológicos aplicados na rede e acabaram não entrando na apuração divulgada inicialmente.
Lencastre avaliou que "a curva de recuperação dos clientes" da distribuidora foi "melhor" que a de novembro do ano passado, quando milhões de clientes também ficaram sem luz depois de um evento climático extremo, com os trabalhos de recuperação se prolongando por uma semana.
Até a véspera, no quinto dia após o temporal, a concessionária ainda apurava 100 mil clientes sem energia na região metropolitana paulista.
"É importante dizer que essa situação de fato foi muito atípica, ano passado também foi atípico, mas nós nos preparamos", disse ele.
A Enel afirmou que teve impacto do temporal em 17 linhas de alta tensão e 11 subestações de energia. A distribuidora também apurou cerca de 1.500 ocorrências por contato de vegetação com a rede elétrica, como a queda de árvores inteiras.
Segundo Lencastre, a companhia não está mais em situação de crise mas está mantendo suas operações e equipes "como se estivesse", a fim de se preparar para os eventos climáticos previstos para o próximo fim de semana. Aproximadamente 2,4 mil profissionais seguirão mobilizados.
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