Psol pede investigação sobre uso de inteligência artificial na rede de ensino de São Paulo
Partido alerta que a inteligência artificial pode reproduzir e amplificar preconceitos e fake news
247 - O Psol apresentou um pedido formal de investigação à Promotoria de Educação do Ministério Público de São Paulo, visando apurar o emprego do ChatGPT na elaboração de material didático destinado aos alunos da rede pública de ensino no estado, informa Ricardo Noblat, do Metrópoles.
O requerimento foi assinado pela deputada federal Sâmia Bomfim (SP), a deputada estadual Mônica Seixas e a vereadora Luana Alves, todas do Psol. Elas sustentam que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) encaminhou um documento aos professores com orientações para a produção do material do terceiro bimestre do ano em curso. Conforme as diretrizes expostas, o ChatGPT seria utilizado para elaborar a "primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria". Posteriormente, os professores seriam incumbidos de editar o material, encaminhando-o para uma equipe interna da secretaria responsável pela revisão final quanto a aspectos linguísticos e formatação. Especialistas levantam preocupações em relação à ausência de regulamentação para o uso dessa tecnologia em território brasileiro.
O Psol alerta para o fato de que o ChatGPT é um modelo de linguagem treinado com base em vastos volumes de dados, provenientes de diversos conjuntos textuais disponíveis na internet. Segundo o partido, essa abordagem pode refletir e amplificar preconceitos já existentes nas redes sociais, incluindo a disseminação de fake news. Em contrapartida, a Secretaria de Educação de São Paulo defende que o conteúdo gerado pela inteligência artificial será submetido a testes em sala de aula, ressaltando que a ferramenta servirá como um recurso para aprimorar o material produzido pelos professores.
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