PSOL vai ao Judiciário para impedir Domingos Brazão de receber R$ 581 mil por férias
O conselheiro do TCE-RJ recebeu o valor mesmo depois de ficar afastado do tribunal. Ele também é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco
247 - O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) entrou com uma ação popular na Justiça do Rio de Janeiro com o objetivo de proibir o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão de receber R$ 581 mil. O valor é referente a 420 dias de férias acumuladas por um período em que ele não trabalhou. O relato foi publicado na coluna de Mônica Bergamo.
O conselheiro ficou afastado após determinação judicial em 2017. Ficou uma semana preso por suspeita de corrupção, mas continuou recebendo salário e benefícios.
De acordo com a ação, "o sr. Domingos Brazão não trabalhou durante o período em questão (apesar de continuar a receber seu salário de conselheiro) e sequer usaria suas férias para recuperação física e mental, visto que optou pela ‘conversão em pecúnia’ de todo o período acumulado".
O conselheiro foi detido novamente, este mês, por ser apontado pela Polícia Federa (PF) como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Marielle foi morta por integrantes do crime organizado em março de 2018, em um lugar sem câmeras no município do Rio. O deputado Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ), irmão do conselheiro, foi preso junto com Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio.
A PF investiga se o crime foi cometido por causa das denúncias feitas pela ex-vereadora contra a exploração imobiliária por milicianos nas periferias da capital fluminense.
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