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    Ramagem e Amorim formam aliança contra Paes no debate enquanto disputam apoio de Bolsonaro

    Prefeito, em resposta, apontou para uma “crise de segurança pública” em todo o estado do RJ

    Debate entre pré-candidatos no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Band)

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    247 - O debate entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, transmitido pela TV Bandeirantes, focou em propostas divergentes de segurança pública e foi marcado por ataques pessoais e uma disputa pela atenção de Jair Bolsonaro. Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Abin do governo anterior, e Rodrigo Amorim (União Brasil), ambos bolsonaristas, coordenaram suas críticas no atual prefeito e líder nas pesquisas, Eduardo Paes (PSD).

    Eduardo Paes, em resposta, apontou para uma “crise de segurança pública” em todo o estado do Rio de Janeiro, responsabilizando diretamente o grupo político liderado pelo governador Cláudio Castro, que apoia Ramagem e Amorim, junto a Jair Bolsonaro. Paes também destacou que os problemas de segurança se agravaram sob a gestão do grupo político ao qual seus adversários são aliados.

    Ramagem, tentando desviar o foco das críticas, tentou se isentar de responsabilidade pelas mortes decorrentes da Covid-19 durante o governo Bolsonaro, do qual foi diretor da Abin. Sua tentativa de fugir do tema foi acompanhada por Amorim, que buscou reforçar sua conexão com Bolsonaro ao mesmo tempo em que atacava Paes, associando-o ao ex-governador Sérgio Cabral e à finada Lava Jato, chamando-o de "filho ingrato".

    Tarcísio Motta (PSOL) entrou no debate ao acusar Ramagem de envolvimento com espionagem ilegal, mencionando sua atuação na chamada Abin Paralela. "Não sei se você acredita que a vacina faz as pessoas virarem jacaré, se elas causam outras doenças. Mas imagino que a teoria conspiratória que você mais gosta é aquela que [a vacina] tem um chip de espionagem, porque de espionagem ilegal você entende", disse Motta.

    O debate revelou propostas distintas de segurança pública, com Ramagem e Amorim defendendo políticas alinhadas ao bolsonarismo, em uma clara disputa pelo endosso de Bolsonaro. Enquanto isso, Paes e Motta propuseram abordagens mais integradas e criticaram a gestão estadual, destacando a responsabilidade do grupo político bolsonarista pela atual crise de segurança no estado.

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