Rejeição a Pablo Marçal cresce entre eleitores de baixa renda em São Paulo

247 - O candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, enfrenta uma crescente rejeição entre os eleitores de baixa renda, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha divulgada nesta semana. Entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos, a rejeição a Marçal subiu seis pontos percentuais, passando de 26% para 32%. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), por sua vez, viu um aumento significativo nas intenções de voto dentro desse mesmo segmento.

Embora o índice de rejeição de Marçal entre os eleitores mais pobres ainda seja inferior à média geral — que alcança 38% —, este grupo foi o que registrou as maiores oscilações negativas para o candidato do PRTB. Especialistas afirmam que os eleitores de baixa renda são mais suscetíveis aos efeitos da propaganda eleitoral gratuita, o que pode explicar parte dessa movimentação. Nunes, que detém a maior parte do tempo de TV, conseguiu alavancar sua popularidade entre esse público, registrando um crescimento de dez pontos nas intenções de voto, avalia o jornal O Globo.

Outro grupo onde Marçal viu sua rejeição aumentar foram os eleitores pardos, onde o índice passou de 27% para 34%. Entre os evangélicos, a rejeição ao candidato oscilou dois pontos para cima, atingindo 24%, ainda abaixo da média geral. Em contraste, Nunes conseguiu ampliar em cinco pontos seu apoio entre o eleitorado evangélico.

Os católicos também passaram a rejeitar mais Marçal, com uma alta de seis pontos, chegando a 38%. No recorte de gênero, tanto homens quanto mulheres elevaram sua rejeição ao candidato, mas as mulheres foram as que apresentaram a maior variação, passando de 32% para 37%, enquanto os homens oscilaram dentro da margem de erro, de 36% para 39%. Nunes, por outro lado, viu um leve crescimento de dois pontos nas intenções de voto entre as eleitoras.

O crescimento da rejeição a Marçal também se intensificou entre os eleitores que avaliam positivamente a gestão de Ricardo Nunes. O percentual de rejeição ao candidato do PRTB nesse grupo subiu de 27% para 34%, representando um desafio adicional para Marçal se consolidar como uma alternativa viável à reeleição do atual prefeito.

A pesquisa Datafolha entrevistou 1.204 eleitores da capital paulista nos dias 3 e 4 de setembro, com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-03608/2024.