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    Rivaldo Barbosa, apontado como mentor do assassinato de Marielle, teria usado cargo para beneficiar empresa familiar, diz PF

    As investigações apontam que o delegado usou bancos de dados e servidores da corporação para elaborar relatórios para clientes e fornecer informações à construtora Calper

    Rivaldo Barbosa (Foto: Reprodução TV Globo)

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    247 – A Polícia Federal revelou documentos que indicam que o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ser o mentor do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), utilizou a estrutura da Polícia Civil para beneficiar a empresa que possuía junto à esposa, Érika Araújo.

    Segundo informações do ICL Notícias, confirmadas pelo portal Terra, as investigações apontam que Barbosa utilizou bancos de dados e servidores da corporação para elaborar relatórios para clientes e fornecer informações à Construtora Calper. Na época, ele era chefe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro. 

    Durante as apurações do caso Marielle, a PF ainda apreendeu HDs que estavam com Érika, esposa e sócia de Rivaldo nas empresas Mais I Consultoria Empresarial e Armis Consultoria Empresarial. 

    Com o material apreendido, as autoridades constataram que o então delegado estava envolvido em assuntos relacionados à construtora, tendo acesso a canteiros de obra e EPIS próprios. Além disso, a credencial de Rivaldo na empresa não tinha identificação.

    “Possivelmente essa determinação teve o condão de ocultar o vínculo dos policiais civis com a prestação de serviços para a Calper", afirma o relatório da PF.

    As autoridades ainda encontraram um e-mail enviado da Divisão de Homicídios para Érika, contendo um relatório baseado em estatísticas criminais sobre uma região do Rio de Janeiro onde a Calper analisava realizar um empreendimento.

    "Apesar de constar no relatório de mancha criminal que os dados de criminalidade ali presentes possuem como origem informações presentes no banco de dados aberto do ISP-RJ (Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro), o fato de o arquivo ter sido enviado para a MAIS I e para ERIKA por meio do e-mail institucional da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, levanta indícios do envolvimento de servidor da PCERJ na confecção de tal relatório e, consequentemente, na execução de trabalhos para a empresa de ERIKA/RIVALDO, sobretudo tendo em vista que o acesso a tal e-mail deva ser restrito a um número limitado de servidores", disse a Polícia Federal. 

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