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    Saiba quem era o delator do PCC assassinado em ataque no aeroporto de Guarulhos

    Vinicius Lopes Gritzbach, executado a tiros na tarde de sexta-feira, estava sob investigação por lavagem de dinheiro e envolvimento com a facção criminosa

    Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

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    247 - O empresário Vinicius Lopes Gritzbach,executado a tiros na tarde de sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, estava sob investigação por lavagem de dinheiro e envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o g1, Gritzbach havia prestado depoimentos importantes ao Ministério Público de São Paulo nos últimos meses. Em suas declarações, Gritzbach revelou esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e corrupção policial, apontando para a movimentação de R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas.

    De acordo com fontes da Polícia Federal, Gritzbach foi uma peça chave nas operações de lavagem de dinheiro, sendo o responsável pela compra e venda de imóveis e postos de gasolina, bem como por outros esquemas envolvendo criptomoedas. Ainda conforme a reportagem, a principal linha de investigação sobre sua morte aponta para uma queima de arquivo, motivada por vingança por parte de membros da facção.

    Antes de se envolver com o PCC, Gritzbach trabalhava como corretor de imóveis no bairro do Tatuapé, zona Leste de São Paulo, onde fez negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", um integrante do PCC. Foi Gritzbach quem forneceu a solução para as transações imobiliárias da facção, utilizando "laranjas" para a compra de imóveis de alto padrão, além de gerenciar grandes quantias em criptomoedas. 

    No entanto, após um desentendimento com Cara Preta sobre um investimento de R$ 200 milhões em criptomoedas, que não teria sido devolvido conforme acordado, Gritzbach foi acusado de ser o mandante do assassinato de "Cara Preta" e seu motorista.

    Gritzbach foi morto por volta das 16h no momento em que desembarcava de um voo de Maceió, acompanhado de sua namorada. Ao sair do Terminal 2, ele foi surpreendido por um tiroteio feito por dois homens dentro de um veículo preto. Ele trazia consigo uma mala contendo joias avaliadas em R$ 1 milhão, mas, segundo a polícia, nada foi roubado. O assassinato deicxou outras pessoas feridas, incluindo um motorista de aplicativo que não resistiu aos ferimentos. O funeral de Gritzbach ocorreu no domingo (10) no Cemitério Parque Morumbi, sem velório e restrito à família.

    Testemunhas afirmam que Gritzbach sabia dos riscos envolvidos em sua delação, temendo que membros da facção soubessem de seu envolvimento com a justiça. As investigações indicam que, no momento do ataque, seus seguranças — policiais militares de São Paulo — estavam em um carro que teria quebrado pouco antes do crime. A versão apresentada por eles está sendo questionada pelas autoridades, que agora investigam o envolvimento dos seguranças no caso.

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