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Seguidora contradiz Marçal e afirma ter recebido prêmio em competição de cortes de vídeos para as redes durante pré-campanha

Ex-coach e candidato à Prefeitura de São Paulo nega premiação após Justiça suspender perfis por abuso de poder econômico

(Foto: Reprodução/Instagram)

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247 - Uma seguidora do ex-coach e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), afirma ter vencido duas competições de cortes de vídeo promovidas por ele em maio deste ano, contrariando a versão do candidato de que não houve premiação durante o período de pré-campanha eleitoral. A denúncia foi feita nas redes sociais e coloca em xeque as declarações de Marçal, que enfrenta uma ação da Justiça Eleitoral por suposto abuso de poder econômico.

Os cortes de vídeo são uma estratégia central para o sucesso digital de Marçal, conhecidos por serem trechos curtos que viralizam rapidamente nas redes sociais. O empresário já afirmou publicamente que premiaria os autores dos cortes com maior engajamento. Entretanto, após a Justiça suspender seus perfis nas redes por entender que essas competições poderiam configurar abuso econômico, Marçal negou ter promovido os campeonatos durante a campanha ou pré-campanha.

Karen Talissa, ex-auxiliar de limpeza no resort de Marçal, publicou em suas redes sociais que voltou a produzir cortes do influenciador no início de maio e afirma ter recebido prêmios diários e mensais pelos vídeos que viralizaram. Segundo ela, a competição era realizada em um grupo do Discord e, em uma semana, seus seguidores no TikTok saltaram de 4.000 para 190 mil. "Em 16 dias fiz mais de 3 mil reais só fazendo cortes!", escreveu Karen em uma publicação no final de maio.

A seguidora relata que conseguiu grande visibilidade ao publicar conteúdos sobre Marçal durante as enchentes no Rio Grande do Sul, no final de abril. Naquele período, Marçal já era mencionado pela imprensa como pré-candidato à prefeitura paulistana, com a candidatura oficialmente confirmada pelo partido em maio.

De acordo com reportagem da Folha, inicialmente Karen informou que o prêmio era de R$ 50.000 para quem obtivesse mais visualizações, mas logo corrigiu, dizendo que os pagamentos vinham, na verdade, das plataformas digitais, como TikTok e Instagram, através de monetizações, e que as competições promovidas por Marçal eram apenas "para incentivar".

A situação expõe uma contradição entre os relatos de Karen e as declarações anteriores de Marçal, que admitiu ter realizado pagamentos em dinheiro pelos cortes mais visualizados. Em abril, ele disse em uma entrevista no canal Achismos TV: "Quem tiver mais visualizações eu pago em dinheiro".

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