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Silveira critica Zema e defende federalização da Cemig por dívida de Minas Gerais com a União

"Se ele [Zema] for responsável, ele coloca esses ativos [da Cemig, na negociação da dívida], para não colapsar Minas Gerais", disse o ministro de Minas e Energia

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou a gestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmando que o estado está à beira de um colapso financeiro e defendeu a federalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) como uma solução para reduzir a dívida crescente do estado.

Segundo o ministro, a administração de Zema fez a dívida de Minas Gerais aumentar em R$ 50 bilhões, totalizando um débito de R$ 165 bilhões. "Se ele [Zema] for responsável, ele coloca esses ativos [da Cemig, na negociação da dívida], para não colapsar Minas Gerais", disse Silveira nesta quarta-feira (10), de acordo com o blog Brasília Hoje, da Folha de S. Paulo. .

A proposta de federalização de ativos, como a Cemig, está em debate no Congresso Nacional como uma forma de abatimento das dívidas bilionárias dos estados com a União. Essa medida permitiria que os estados transferissem o controle de empresas e ativos estaduais para o governo federal, em troca da redução de seus débitos.

Em entrevista ao jornal O Globo, o governador de Minas Gerais comentou sobre o projeto de lei e voltou a mostrar interesse em repassar à União o controle da Cemig, da companhia de saneamento Copasa e da Codemig, afirmando que a entrega desses ativos supera 20% da dívida do estado com o governo federal.

No entanto, analistas do setor elétrico citados pela agência Reuters enxergam como pouco provável que a federalização da Cemig siga adiante, já que o processo demandaria uma série de etapas que poderiam inviabilizá-lo, como aprovação pelo legislativo mineiro e pagamentos bilionários a acionistas minoritários da empresa.

Já o BTG Pactual avaliou que a federalização da Cemig e da Copasa pode ser complexa e demorada, destacando que isso exigiria aprovação do poder legislativo estadual e calculando um pagamento de 8,76 bilhões de reais aos minoritários das empresas em razão do direito de tag-along.

Por volta de 12:10, as ações preferenciais da Cemig desaceleravam as perdas para 0,29%, a 10,48 reais, após terem recuado a 10,23 reais na mínima do pregão até o momento (-2,95%). No mesmo horário, o Ibovespa mostrava acréscimo de 0,12%. 

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