TV 247 logo
    HOME > Sudeste

    Suspeito de desvio de recursos, gestor da Esh Capital é alvo de mandado de busca e apreensão

    Além de Vladimir Joelsas Timerman, o advogado César Augusto Fagundes Verch também é investigado

    Vladimir Timerman (Foto: Divulgação)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    247 - A Polícia Civil de São Paulo cumpriu, na última sexta-feira (27), mandados de busca e apreensão contra Vladimir Joelsas Timerman, gestor da Esh Capital, e seu advogado, César Augusto Fagundes Verch. Ambos são investigados sob suspeita de desviar recursos do fundo de investimentos e de seus acionistas. Segundo o jornal O Globo, o inquérito foi aberto após uma denúncia anônima, que apontou que Timerman teria contratado César por valores acima do mercado, com a alegação de que o advogado devolvia parte dos pagamentos diretamente ao gestor da Esh Capital.

    Ainda conforme a reportagem, as investigações apontam que Timerman teria desviado cerca de R$ 5 milhões da empresa, com parte dos recursos sendo transferidos para uma conta offshore em Malta, um paraíso fiscal. A outra parte teria sido transferida diretamente para a conta pessoal de Timerman. Os valores em questão estão relacionados a uma ação judicial movida pela Esh Capital contra a Gol/Smiles em 2021, na qual o advogado teria cobrado honorários elevados e, supostamente, pago propina a Timerman, em vez de devolver os recursos aos acionistas da empresa.

    O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou transações financeiras atípicas, nas quais César Augusto aparece tanto como beneficiário quanto como remetente de valores para Timerman. Essas movimentações levantaram suspeitas de irregularidades, como recursos incompatíveis com o patrimônio dos investigados e indícios de atividades não declaradas. 

    O juiz responsável pela autorização das buscas, Guilherme Eduardo Martins Kellner, destacou que há "indícios suficientemente seguros" da "possível participação dos investigados na criação de estratagemas para dissimulação da origem e movimentação de valores ilicitamente auferidos".

    A Justiça também autorizou a quebra de sigilos bancário e telemático dos dois investigados, e os mandados de busca foram cumpridos em endereços localizados no Morumbi e Pinheiros, bairros da Zona Sul e Zona Oeste de São Paulo. Durante a operação, foram apreendidos computadores, tablets e um celular, que agora estão sendo analisados pela perícia técnica.

    Em nota, a Esh Capital se declarou "totalmente inocente" e afirmou que as acusações são "infundadas". A empresa se colocou à disposição das autoridades para esclarecer os fatos e reiterou seu compromisso com "os mais altos padrões de ética, transparência e conformidade com as normas legais". 

    A Esh Capital afirmou, ainda, que os seus processos internos são rigorosamente auditados e revisados para garantir a conformidade com as melhores práticas do mercado.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados