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    Bolo envenenado: detalhes revelam frieza de mulher acusada de tentar matar sogra

    Investigada por três mortes em Torres (RS), Deise dos Anjos teria usado arsênio em bolo servido à família; sogra sobreviveu após internação na UTI

    Deise é suspeita de envenenar bolo (Foto: Reprodução)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A investigação que apura um chocante caso de envenenamento familiar em Torres, no Rio Grande do Sul, ganhou novos desdobramentos. Segundo reportagem exibida com exclusividade pelo Fantástico, Deise dos Anjos foi presa sob acusação de ter envenenado a sogra, Zeli dos Anjos, e outras seis pessoas com um bolo preparado com arsênio. Três delas morreram após consumir o doce, servido em um encontro de Natal realizado em 23 de dezembro.

    A reunião familiar aconteceu no apartamento de Maída, irmã de Zeli e uma das vítimas fatais. Jefferson, marido de Maída, relatou que os convidados passaram mal logo após comerem o bolo. "A Zeli comeu primeiro e disse: 'Bah, um gosto estranho'... Quando eu dei a primeira mordida, também senti um azedume. Daí a Neuza foi comer. Comeu, deu uma mordida, foi pra segunda... 'Não, não come porque não está legal esse bolo'", relembrou Jefferson, que sobreviveu após receber atendimento médico.

    As mortes de Neuza Denise, outra irmã de Zeli, e de sua filha, Tatiana, aumentaram as suspeitas. O filho de Tatiana, de apenas 10 anos, também foi hospitalizado. Inicialmente, a própria Zeli foi investigada, pois o bolo passou por análise pericial. Contudo, as suspeitas logo recaíram sobre Deise, após o surgimento de provas contundentes.

    A investigação descobriu que Deise adquiriu o arsênio pela internet. A reportagem do Fantástico revelou a nota fiscal da compra, feita dias antes da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro. O corpo de Paulo foi exumado, e exames confirmaram a presença do mesmo veneno.

    Amigos da família relataram ameaças feitas por Deise à sogra. Uma testemunha afirmou que Deise enviou mensagens dizendo que "ainda vai ver toda a família dentro de um caixão" e chegou a desejar a morte de Paulo durante discussões.

    A análise do celular de Deise revelou buscas suspeitas, como "veneno para o coração", "arsênio veneno" e "veneno que mata humano". Em áudios, ela insultava Zeli, referindo-se a ela como "uma peste".

    Segundo a polícia, o arsênio foi inicialmente misturado ao leite em pó consumido pelos sogros e, posteriormente, à farinha utilizada no preparo do bolo. Os investigadores tentam descobrir como a farinha contaminada foi parar na casa de Zeli.

    A irmã de Deise defendeu-a por meio de uma carta, alegando que a polícia a condena antes do julgamento. Ela afirmou que Deise ajudou os sogros após as enchentes no estado e destacou que, embora a acusada tenha uma personalidade difícil, isso não faz dela uma criminosa.

    O advogado de Deise ressaltou a importância da presunção de inocência, frisando que o inquérito ainda não foi concluído. Ele também destacou que as provas extraídas do celular devem ser analisadas dentro do contexto adequado.

    A polícia segue investigando o caso, buscando esclarecer os detalhes do plano que resultou em três mortes e deixou a família dos Anjos em estado de choque.

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