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    Mulher que supostamente envenenou familiares deixou bilhete antes de ser encontrada morta em presídio

    Deise Moura dos Anjos foi presa temporariamente em 5 de janeiro e estava, desde a última quinta-feira (6), na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba

    Deise é suspeita de envenenar bolo (Foto: Reprodução)
    Redação Brasil 247 avatar
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    Suspeita de envenenar três pessoas da família do marido com um bolo de frutas cristalizadas, Deise Moura dos Anjos foi encontrada morta na cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (13). A informação foi divulgada pelo g1. A detenta havia sido transferida para o local uma semana antes, com o objetivo de garantir sua segurança, segundo as autoridades.

    Deise estava presa temporariamente desde 5 de janeiro, acusada de ter envenenado a farinha usada no bolo consumido por familiares do marido na véspera de Natal, na cidade de Torres, Litoral Norte do estado. A polícia também investigava a suspeita de que ela teria causado a morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano passado, após ele consumir bananas e leite em pó supostamente levados por ela.

    Presídio havia sido alertado sobre risco de suicídio

    A defesa de Deise afirmou que já havia alertado a direção do presídio sobre o risco de que ela tirasse a própria vida. Segundo os advogados, foram feitos vários pedidos para que a presa recebesse acompanhamento médico e psicológico, especialmente após sua transferência para Guaíba.

    A polícia penal confirmou que a detenta "recebeu três atendimentos psicológicos na Penitenciária de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde". A administração do presídio também destacou que a unidade conta com três psicólogos e realiza inspeções diárias nas celas.

    Recado antes da morte

    Antes de ser encontrada morta, Deise deixou um recado, que está sob investigação da polícia. O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, afirmou à RBS TV que a mensagem seria "um desabafo", no qual a suspeita dizia ser inocente e relatava estar em sofrimento.

    "Ela deixou um escrito, que nós estamos apurando ainda detalhes, no local. Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão", declarou o delegado.

    Na terça-feira (11), o Ministério Público havia aceitado um pedido da polícia para converter a prisão temporária de Deise em preventiva. Caso a decisão fosse confirmada pela Justiça, ela sairia do isolamento e passaria a conviver com outras detentas. Segundo a defesa, a possibilidade a deixava preocupada com sua segurança.

    Um dia antes da morte, um advogado da família do marido esteve no presídio para informar que ele formalizaria o pedido de divórcio, o que teria provocado alterações no comportamento da detenta.

    A cela onde Deise estava contava com cama, vaso sanitário, chuveiro, pia, livros, cartas e objetos de higiene pessoal que não apresentavam riscos. As circunstâncias de sua morte seguem sob investigação.

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