"Governo Lula começa agora", diz Requião
Ex-senador aponta para uma nova etapa da administração Lula diante da reformulação completa da diretoria do Banco Central
247 - O ex-senador e ex-governador Roberto Requião avaliou, em uma postagem no X (antigo Twitter) neste domingo (5), que "o governo Lula começa agora". A mensagem faz alusão à posse de Gabriel Galipolo como novo presidente do Banco Central, marcando uma reformulação completa na diretoria da autoridade monetária com nomes indicados pelo atual governo. Para Requião, "se o Banco Central e os juros absurdos eram o maior problema do Brasil, o governo Lula começa agora. Começa com todos os membros do Banco Central nomeados pelo Lula, inclusive o presidente".
A nomeação de Galipolo ocorre em um momento de grande complexidade, tanto no cenário econômico global quanto no contexto interno. Com desafios como a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, volatilidade nas moedas emergentes e pressões inflacionárias, o novo presidente do Banco Central terá um papel crucial na condução de uma política monetária que equilibre rigor técnico e sensibilidade social.
Um Banco Central em transformação - A gestão anterior, liderada por Roberto Campos Neto, foi alvo de críticas por sua política de juros elevados, que impuseram custos significativos à economia brasileira, dificultando o acesso ao crédito e comprometendo a recuperação econômica. Sob a nova liderança de Galipolo, espera-se que o Banco Central se alinhe mais diretamente às prioridades do governo Lula, buscando estimular o crescimento econômico sem abrir mão do controle inflacionário.
Gabriel Galipolo herda um cenário fiscal mais favorável. O déficit primário de 2024, estimado em R$ 10 a R$ 15 bilhões (0,1% do PIB), está abaixo do previsto no arcabouço fiscal, evidenciando uma gestão equilibrada do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). No entanto, o momento requer cautela, dada a instabilidade global e as pressões internas.
Uma liderança estratégica - Galipolo é visto como um líder moderado, com habilidade para transitar entre o mercado financeiro e os setores políticos. Sua posse foi recebida com entusiasmo pelo presidente Lula, que confia em sua capacidade de equilibrar as exigências do mercado com as necessidades sociais.
A expectativa é de que o Banco Central, sob a nova direção, fortaleça sua credibilidade institucional e adote medidas que promovam inclusão e crescimento econômico.
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