Junho será "excepcionalmente seco e quente" no Sul do Brasil, diz MetSul
Porto Alegre, que possui uma máxima média histórica de 20,3ºC em junho, poderá registrar temperaturas entre 25ºC e 29ºC nos próximos dias, com escassez de chuvas
247 - O Sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul, enfrenta um junho atípico, com temperaturas excepcionalmente altas e um período prolongado de seca, conforme alertas do MetSul. Uma grande massa de ar quente, com temperaturas muito acima da média, dominará uma vasta região da América do Sul, impactando não apenas o Brasil, mas também países vizinhos.
Nesta semana, o Rio Grande do Sul registrou mínimas de 0,9ºC abaixo de zero em Cambará do Sul e 5ºC em Porto Alegre. No entanto, as temperaturas rapidamente subiram, e as mínimas já estão cerca de 10ºC mais altas. A previsão indica que as temperaturas permanecerão elevadas, com as tardes mais parecidas com as de abril do que com as de junho, tradicionalmente frio.
Porto Alegre, que possui uma máxima média histórica de 20,3ºC em junho, poderá registrar temperaturas entre 25ºC e 29ºC nos próximos dias. No interior do estado, especialmente no Oeste e Noroeste, algumas tardes poderão atingir ou ultrapassar os 30ºC.
Essa anomalia climática não se limita ao Rio Grande do Sul. Praticamente toda a América do Sul experimentará temperaturas acima da média histórica, com exceção do extremo sul da Patagônia. Cidades do Norte da Argentina e Paraguai poderão registrar máximas em torno de 35ºC, e no Centro-Oeste do Brasil, as temperaturas podem chegar a 38ºC.
Além do calor, a previsão indica um período seco prolongado no Sul do Brasil. A persistência do ar quente bloqueará a formação de instabilidades, resultando em escassez de chuvas. Essa condição é atípica para junho, mês que normalmente registra várias frentes frias e sistemas de baixa pressão que trazem precipitações frequentes.
Porto Alegre, por exemplo, costuma ter uma média de 9 dias de chuva em junho, mas a tendência é de que muitas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná passem os próximos 7 a 10 dias sem precipitação significativa. Esta ausência de chuvas é alarmante, considerando o histórico climático da região.
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