MST tem 290 famílias desabrigadas e 95 bois mortos no RS
Movimento calcula um prejuízo de R$35 milhões considerando seus principais produtos
247 - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi duramente impactado pelas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril. Segundo um levantamento realizado nos assentamentos da reforma agrária no estado, o movimento contabilizou 290 famílias desabrigadas e 95 bovinos mortos, além de um prejuízo financeiro milionário.
Ao todo, foram seis assentamentos atingidos no estado onde o movimento surgiu: Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cássia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba e Tempo Novo, em Taquari. O MST calcula um prejuízo de R$35 milhões considerando seus 12 principais produtos.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a diretora da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados do RS (Cootap), Dionéia Soares Ribeiro, disse que as perdas causadas pelas três enchentes que o estado sofreu geraram devastação total na produção do movimento. "Foi perdido quase tudo. Como sofremos com as enchentes passadas, já plantamos fora de época e já teríamos uma colheita menor, porque aí o clima não ajuda. O mês de plantar arroz é outubro, novembro, e nós plantamos quase tudo em dezembro e janeiro", lamenta.
Das 290 famílias que foram desabrigadas nas enchentes, apenas 38 retornaram para seus lotes. As que ainda não puderam retornar estão sendo abrigadas por clientes da produção agroecológica.
Apesar da devastação nos assentamentos, o MST está atuando na linha de frente no auxílio das vítimas das enchentes. O movimento montou uma cozinha solidária no assentamento Filhos de Sepé, no setor “D”, no município de Viamão, local em que estão sendo produzidas diariamente cerca de 1,5 mil marmitas para as famílias atingidas em Eldorado do Sul. Além disso, foram organizados kits com materiais de limpeza e kits básicos de saúde para os desabrigados.
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