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"O governo federal estará 100% à disposição do povo do Rio Grande do Sul", diz Lula

Acompanhados de ministros, militares e representantes da Defesa Civil, o presidente Lula e o governador Eduardo Leite realizaram uma reunião para tratar das enchentes no estado

Renan Filho, Paulo Pimenta, Lula e Rui Costa (Foto: Mauricio Tonetto/Secom)

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247 - O presidente Lula (PT), que visitou Santa Maria (RS) nesta quinta-feira (2), garantiu que o governo federal prestará todo o apoio necessário ao governo do Rio Grande do Sul para, neste momento, auxiliar no resgate às vítimas das enchentes e, depois, na reconstrução das cidades e na mitigação dos danos causados pelas cheias. "Queria prestar minha solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul, que é um povo conhecido nacionalmente como um povo trabalhador e que possivelmente não precisava sofrer tanto em tão pouco tempo. Solidariedade aos familiares das pessoas que foram vítimas e que morreram por conta desse desastre extremo e aos familiares dos que estão desaparecidos, na esperança de que eles possam aparecer e de que todos estejam ainda com vida", iniciou o presidente, lembrando que o estado sofreu também com chuvas e secas em 2023. Ele fez um alerta: "é preciso que a gente comece a ficar preocupado em cuidar do planeta Terra com muito mais carinho e amor".

Na sequência, Lula fez garantias sobre o papel do governo federal na superação da crise. "A gente não vai permitir, como não permitimos no Vale do Taquari, como não permitimos quando houve a seca aqui no Rio Grande do Sul, que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos causados, na época pela seca, depois pela chuva e agora pela chuva. O governo federal estará 100% à disposição do Rio Grande do Sul, do povo do Rio Grande do Sul, para atender com material humano, com trabalho, com eficiência e com recurso, que sei que vai ser necessário, para que a gente possa reparar os prejuízos". 

"No primeiro momento a gente só tem que salvar vidas, cuidar das pessoas. No segundo momento, a gente vai ter que cuidar de fazer uma avaliação dos danos e, a partir daí, pensar em como encontrar o dinheiro para que a gente possa reparar esses danos. Não faltará da parte do governo federal ajuda para cuidar da saúde. Não vai faltar dinheiro para cuidar da questão do transporte. Não vai faltar dinheiro para cuidar da questão dos alimentos. Tudo que estiver ao alcance do governo federal, seja através dos ministros, seja através da sociedade civil ou dos nossos militares, a gente vai dedicar 24 horas de esforço para que a gente possa atender às necessidades básicas do povo que está isolado por causa da chuva. Eu sei que são muitas estradas, muitas pontes, muitas casas. Lamentavelmente a gente só não pode prometer recuperar a vida das pessoas, porque não está ao nosso alcance. Mas a gente vai tentar minimizar o prejuízo de todas as pessoas", acrescentou. 

O presidente ainda disse que estará torcendo para que as chuvas no estado cessem. "Como ser humano, eu vou rezar, e rezar muito, para que a chuva possa parar, para que as pessoas possam voltar para suas casas, para que as pessoas possam se reencontrar e viver suas vidas tranquilamente e em harmonia com a família. Como governante, vou fazer o que estiver ao alcance do governo federal e suas instituições para que a gente possa dar ao Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho tranquilidade, para que a gente possa viver com muito respeito cuidando da nossa família". Lula disse, ainda, que enfrentou muitas enchentes, mas nunca da magnitude registrada no estado gaúcho. 

“Eu nunca vivi isso, mas eu tenho noção do que é o desespero dos seres humanos perdendo parentes, perdendo casa, perdendo a produção. Eu já tive muitas enchentes na minha vida, mas nunca dessa magnitude. Eu já morei em bairro que entrava 1,5 metro de água em casa. A gente perdeu tudo, e muitas vezes a prefeitura dava um colchão de capim para a gente dormir até a gente arrumar dinheiro para comprar outro colchão. Diga para o seu povo [prefeito] que o governo federal, o governo estadual, e com todo o esforço que a gente puder fazer, a gente vai estar junto para minimizar o sofrimento de cada família. O que nós queremos é não medir esforços para que a gente possa garantir que as pessoas voltem a viver dignamente, a trabalhar dignamente, a reconstruir suas casas”, afirmou. 

“De preferência, não deixe as pessoas construírem casas onde tem problema de enchente. Se puder, a prefeitura facilite um terreno para a pessoa construir casa. O ministro das Cidades, depois que tiver um levantamento feito, espero que ache uma reunião com todos os prefeitos atingidos para a gente saber os prejuízos de cada cidade, para a gente saber quantas casas tem que fazer, e tomar cuidado para as casas não serem feitas no mesmo lugar. Então, prefeito, diga para o seu povo: olha, a gente vai ter parceria para cuidar de vocês. Nós não estamos sozinhos”, completou. 

Ainda conforme o presidente, “esse país voltou a ser humanizado, voltou a conhecer a palavra ‘fraternidade’, a palavra ‘solidariedade’. Eu nunca me preocupei em perguntar para o prefeito de que partido ele é. O que eu quero é saber que se o povo tem um problema, a obrigação do governo federal é ajudar a solucionar esse problema. Diga isso para o seu povo, que eles terão a parceria do governo federal para recuperar a cidade e o prazer pela vida. O que vai melhorar a cabeça das pessoas é não perderem a esperança de que eles vão recuperar a dignidade plena como seres humanos”.

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