247 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reafirmou sua disposição em disputar a Presidência da República em 2026, apresentando-se como "alternativa" à polarização política entre o presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/12/eduardo-leite-diz-que-busca-construir-terceira-via-para-2026-e-reafirma-desejo-de-ser-candidato.shtml?utm_source=twitter&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=twfolha">Folha de S. Paulo</a>, Leite declarou: "eu continuo focado em ajudar na construção de uma alternativa para 2026 que não seja Lula ou Bolsonaro. Já me dispus a ser esse nome em 2022, por que não seria agora?".
A declaração ocorre em um momento de incerteza dentro da centro-direita, à medida que outros líderes regionais têm se destacado nas articulações políticas. Governadores como Ronaldo Caiado (União Brasil) - recentemente declarado inelegível -, de Goiás; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, são mencionados nos bastidores como figuras mais ativas na corrida presidencial. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também é lembrado, embora reafirme sua fidelidade a Jair Bolsonaro (PL) e diga que concorrerá à reeleição em São Paulo.

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Eduardo Leite defende "alternativa" para 2026 e já se lança como candidato a presidente

Em uma votação polêmica, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta semana o Projeto de Lei (PL) 442/23, que reconhece a aviação agrícola como atividade de relevante interesse social, público e econômico no estado. A medida, proposta pelo deputado Marcos Vinícius (PP), contou com a assinatura de 25 parlamentares gaúchos. O projeto tem por objetivo dar garantia jurídica à aviação agrícola de agrotóxicos, impedindo que ocorra o que aconteceu no Ceará, onde essa prática é proibida. O mesmo ocorre na Europa, onde a aplicação de agrotóxicos por aviões recebeu o nome de “Chuva de Veneno”.
A proposta foi duramente criticada pela oposição. O deputado Adão Pretto Filho (PT) classificou a decisão como um retrocesso em um momento em que o estado deveria priorizar a proteção ambiental e a saúde pública. O parlamentar apresentou um projeto em 2023 para proibir a aviação agrícola com finalidade de aplicação de agrotóxicos nas lavouras. A proposta recebeu voto contrário na comissão de constituição e justiça da Assembleia Legislativa.
“Infelizmente, o parlamento votou pelo retrocesso. Ao aprovar o projeto que reconhece a aviação agrícola como atividade de interesse do estado, meus colegas estão colocando suas digitais em um projeto que é uma espécie de cheque em branco para o abuso de agrotóxicos aqui no RS”, declarou o deputado.
Adão Pretto destacou que, enquanto o estado ainda lida com as consequências das enchentes devastadoras de maio, que impactaram severamente a população rural e urbana, a decisão dos parlamentares agrava ainda mais a vulnerabilidade de comunidades. “Essa chuva de veneno não respeita fronteiras. Grande parte dela atinge casas, escolas e pessoas, e os dados são alarmantes: aumento de câncer, Alzheimer, mortes fetais e outras doenças ligadas à contaminação por agrotóxicos”, alertou.
Para Pretto, a decisão vai na contramão de um modelo agrícola mais sustentável e seguro. “Precisamos de agricultura limpa, que produza alimentos sem comprometer a saúde das pessoas. O Rio Grande do Sul deveria estar liderando iniciativas de sustentabilidade, não aprovando retrocessos que colocam vidas em risco.”
A partir da aprovação do PL 442/23, o texto vai para a sanção ou veto do governador Eduardo Leite. Durante a votação, toda a base governista de Leite votou favorável à proposta.

Sete meses após enchente que devastou Rio Grande do Sul, deputados aprovam projeto que libera a "chuva de veneno" no estado

247 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), deu sinais de que pode concorrer à Presidência da República em 2026. “Eu quero, com toda a honestidade, ajudar a viabilizar o País com uma alternativa a essa polarização. Se Bolsonaro é inelegível e Lula não satisfaz o que nós entendemos que o País precisa, nós temos uma responsabilidade de buscar uma alternativa”, disse o tucano, que visitou Pequim, na China.
O chefe do Executivo gaúcho disse que, atualmente, “não é candidato a nada”. “Não vou colocar aspiração pessoal à frente do que eu acho que é maior, que é viabilizar uma alternativa”. 
O tucano é crítico do governo federal, mas afirmou que o ambiente institucional com o presidente Lula (PT) está mais estável. O tucano disse que o petista demonstra “disponibilidade de dialogar”. “Não foi nada inteligente a forma como o governo Bolsonaro se apresentou para o mundo”.
Lula ganhou de Bolsonaro por 50,9% (60,3 milhões) dos votos, contra 49,1% (58,2 milhões) no segundo turno da eleição de 2022, ano em que Eduardo Leite venceu a eleição para governador, com 57,12% (3.687.126 votos), contra 42,88% (2.767.786 votos) de Onyx Lorenzoni (PL).

Eduardo Leite confirma possível candidatura em 2026, elogia Lula e faz críticas a Bolsonaro

247 - O ex-deputado federal e ex-presidente da Trensurb, Fernando Marroni (PT), venceu as eleições municipais em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Ele venceu o empresário bolsonarista Marciano Perondi (PL). Com 100% das urnas apuradas, Marroni teve 50,36% dos votos válidos, contra 49,64% de Perondi. O candidato do PT recebeu a declaração de voto do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que já foi prefeito da cidade.
No primeiro turno, Marroni obteve 39,60% dos votos válidos. O candidato Marciano Perondi ficou em segundo lugar, com 31,67%. Os dois superaram Fernando Estima (PSDB), candidato apoiado pela atual prefeita, Paula Mascarenhas, e por Eduardo Leite. Assim como o governador, Paulo também declarou voto em Marroni.

Candidato do PT vence bolsonarista em Pelotas, reduto eleitoral de Eduardo Leite

247 - O PSDB está avançando nas negociações para a formação de uma federação partidária ainda neste ano, com o objetivo de impulsionar a pré-candidatura presidencial do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, em 2025. A informação, segundo a coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/10/psdb-articula-federacao-para-comecar-a-promover-eduardo-leite-a-presidente.shtml">Painel</a>, da Folha de S. Paulo, foi confirmada pelo deputado federal Aécio Neves (MG), deputado federal e um dos principais articuladores das conversas. 
Ainda segundo a reportagem, as negociações envolvem também o Solidariedade e o PDT, além do Cidadania, que já está federado com os tucanos. Outro partido que pode se unir a essa aliança é o PRD. "Com isso, teremos uma base parlamentar forte que permita pensar em um projeto nacional com mais segurança para a eleição de 2026", afirmou Aécio.
A expectativa é que entre 8 e 10 deputados federais manifestem interesse em se unir a esse novo arranjo partidário, dependendo da autorização de suas legendas atuais. Assim, a bancada da federação poderia atingir cerca de 50 parlamentares na Câmara dos Deputados.
Aécio Neves ressaltou que o objetivo da federação é oferecer uma alternativa democrática de centro, contrapondo-se ao que considera o "antipetismo extremista representado pelo bolsonarismo". A formalização da federação está prevista para ocorrer em novembro, com uma espécie de carta de intenções que deverá delinear os próximos passos da aliança.

Poder

PSDB articula federação para lançar Eduardo Leite à presidência em 2026

247 – Após o PSDB não conseguir eleger prefeitos em nenhuma capital do Brasil nas recentes eleições municipais, o governador do Rio Grande do Sul e ex-presidente da legenda, Eduardo Leite, destacou a necessidade de repensar a estratégia do partido. A informação é da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/eleicoes/cenario-politico-exige-que-psdb-discuta-fusoes-e-federacoes-diz-eduardo-leite/">CNN Brasil</a>.
“A participação nesse novo cenário, com as atuais regras do jogo, exige que o PSDB discuta fusões e federações ampliadas para sobreviver como uma alternativa viável”, disse Leite. “É desafiador, mas o partido ainda demonstra vitalidade”.
Em 2016, o PSDB administrava 799 prefeituras, número que caiu para 523 em 2020. No primeiro turno das eleições municipais deste ano, o partido conquistou 273 cidades. Além disso, nas grandes capitais como São Paulo e Belo Horizonte, nenhum vereador foi eleito pela sigla.
Neste cenário, o governador ressaltou que o perfil político-eleitoral no país está mudando. “Isso requer uma reavaliação de como as agremiações partidárias devem se organizar. É um debate necessário para o PSDB, sem dúvida nenhuma”, disse.
Segundo Leite, o partido busca representar o centro político.&nbsp;
“O centro com propósito, que o PSDB busca representar, está mais comprimido nesse debate. Aqueles que se aproximam dos polos — à esquerda no Nordeste e à direita no Sudeste — têm obtido melhores resultados”, disse. “Mas esse não é o centro que o PSDB quer ser”.
Atualmente, a legenda já faz parte de uma federação com o Cidadania. Na última quarta-feira (9), os líderes do PSDB, PDT e Solidariedade realizaram reuniões com o objetivo de oficializar, até o final de novembro, a formação de uma nova<a href="https://www.brasil247.com/brasil/psdb-pdt-e-solidariedade-vao-lancar-federacao-e-apresentar-projeto-de-centro-democratico"> federação partidária</a>. Conforme relatado pela Folha de S. Paulo, o objetivo dessa aliança é apresentar uma alternativa ao chamado "centro democrático" no Brasil.

Brasil

Eduardo Leite defende que PSDB "discuta fusões e federações” em meio à crise no partido

247 - O ex-prefeito Fernando Marroni (PT) e o empresário Marciano Perondi (PL) disputarão o segundo turno das eleições municipais em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Com 100% das urnas apuradas, Marroni teve 39,60% dos votos válidos, e Perondi recebeu 31,67%.
Os dois superaram Fernando Estima (PSDB), candidato apoiado pelo governador do Rio Grande do Sul e ex-prefeito da cidade, Eduardo Leite (PSDB), e pela atual prefeita, Paula Mascarenhas (PSDB). Estima recebeu 20,9% dos votos válidos.

PT e PL farão segundo turno em Pelotas, reduto eleitoral de Eduardo Leite

Governo federal garantiu que recursos destinados à reconstrução do RS não serão usados para outro fim, diz Leite

Agência Brasil - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram, nesta terça-feira (17), um acordo de cooperação para a reconstrução do estado, fortemente atingido por enchentes nos meses de abril e maio, no pior desastre climático da história gaúcha. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados.
A informação foi divulgada pelo governador, após reunião com Lula no Palácio do Planalto, em Brasília. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, na semana passada, ao fazer um balanço das ações federais no estado.
<h3>Fundo</h3>
Há o compromisso do governo federal de criar um fundo de R$ 6,5 bilhões para obras no Rio Grande do Sul, entre construção de diques, sistemas de proteção e outros estudos. O objetivo é evitar a necessidade de se renovar a exceções para as regras fiscais, como foi feito este ano para as ações emergenciais. Todo o montante não executado até dezembro deste ano irá para a conta na Caixa ou no BNDES.
De acordo com o governador, o termo assinado hoje foi construído em conjunto, com compartilhamento de informações entre as equipes técnicas e dá suporte a uma portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que cria o conselho de gestão do fundo e dos projetos de contenção das cheias. O conselho será composto pelo ministro da Casa Civil, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, o governador do estado e por dois secretários do governo gaúcho vinculados à reconstrução.
“O conselho vai fazer o acompanhamento das obras e a gestão da liberação dos recursos, especialmente olhando para as obras de contenção das cheias”, explica Leite.
Os recursos do governo federal deverão financiar as obras de contenção de cheias, especialmente da região metropolitana de Porto Alegre, como os diques de proteção do município de Eldorado do Sul e os diques no Arroio Feijó, que protegem Porto Alegre, Alvorada, entre outras cidades.
“É um valor expressivo de recursos que vai ser viabilizado pelo governo federal com execução pelo Estado. Então, nós entendemos que era importante ter essa amarração de responsabilidades compartilhadas, onde o governo do estado gerencia, executa as obras, mas tem esse conselho, uma vez que os recursos são federais aportados ao estado”, ponderou.
Ainda segundo Leite, é uma forma de garantir a aproximação das áreas técnicas dos ministérios com as secretarias do estado, “para que a gente possa ultrapassar qualquer gargalo e dificuldade que se apresente ao longo do caminho”. “São obras complexas, que levarão um tempo para serem executadas e, portanto, essa governança é muito importante”, completou.
<h3>Comitê científico</h3>
O governo do Rio Grande do Sul também estabeleceu um comitê científico para análise dos projetos e já foi indicada uma revisão para o dique de Eldorado do Sul. “A gente não tem o direito de errar em bilhões. O volume de recurso que serão aportados exige uma análise técnica muito bem feita, multidisciplinar, para garantir que a gente possa fazer a execução dessas obras”, disse.
No caso da obra em Eldorado, segundo o governador, as cotas de inundação que foram alcançadas nas enchentes desse ano ultrapassaram aquilo para o que o projeto estava sendo elaborado anteriormente. “Mas são ajustes, não é refazer tudo desde o início”, esclareceu.
Eduardo Leite afirmou, ainda, que a intenção é “identificar o melhor caminho para ele aliviar a burocracia”, possibilitando, inclusive, contratações em regime de emergência.
“Vamos observar, portanto, a partir desse conselho, o que a legislação atual dá guarida, dá suporte para contratações emergenciais e, se for o caso de fazer ajustes, esse próprio conselho vai fazer essa sugestão, de algum ajuste de legislativo para poder garantir a execução da obra”, acrescentou, ressaltando que há preocupação com a celeridade do processo..
<h3>Regime especial</h3>
Leite ainda reforçou a importância da votação do Projeto de Lei 3117/24, que flexibiliza as regras das licitações públicas para agilizar e dar segurança jurídica aos gestores no enfrentamento de calamidades públicas. O texto está na Câmara dos Deputados e, segundo o governador, houve o compromisso do presidente da Casa, Arthur Lira, de colocá-lo em votação nesta quarta-feira.
“Para nós, é muito importante que essa votação aconteça, porque neste projeto estão tanto regime especial de contratações quanto as subvenções econômicas para os financiamentos tão importantes para o processo de reconstrução. É fundamental isso já votado o quanto antes”, afirmou.
De autoria dos deputados José Guimarães (PT-CE) e Marcon (Pode-RS), as mudanças previstas servirão para outras situações de calamidade pública que vierem a ocorrer no país, considerando o cenário agravante dos incêndios no Pantanal e da seca na Amazônia.
Pelo texto, os contratos firmados com base na futura lei terão duração de um ano, prorrogável por igual período. O gerenciamento de riscos ocorrerá apenas durante a gestão pelo órgão licitador, para acelerar o processo de contratação.
Entre outras ações, o projeto também permite ajustes no contrato inicial que elevem o valor em até 50%, caso necessário.

Na foto (da esquerda para a direita): Ministro-chefe da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta; Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa

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Lula e Leite assinam acordo que prevê fundo de R$ 6,5 bilhões para RS

247 - Após reunião com o presidente Lula nesta quarta-feira (21), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), voltou a reclamar do governo federal. Ele apontou um "descompasso", alegando que, embora ajudas tenham sido anunciadas após as enchentes que devastaram o estado, os recursos efetivos ainda não chegaram de forma plena.&nbsp;
O governador destacou que programas como o de preservação de empregos precisam ser ajustados, já que as regras atuais, segundo ele, dificultam o acesso das empresas aos recursos. Apesar de uma previsão de R$ 1,2 bilhão em verbas, apenas R$ 170 milhões foram liberados até agora, disse. Segundo Leite, a burocracia está travando o processo, o que tem prejudicado principalmente empresários e agricultores.
Leite fez questão de afirmar que sua crítica não é uma questão ideológica ou pessoal, mas uma demanda legítima do estado. "Eu faço um agradecimento [ao governo federal], mas não deixo de demandar, reclamar e criticar quando necessário", declarou. Lula, por sua vez, respondeu na semana passada que o governador "nunca está contente" e deveria reconhecer os esforços feitos em prol do estado.&nbsp;
O presidente Lula, por sua vez, exaltou o trabalho conjunto dos governos na reconstrução do estado. "Durante minha visita ao Rio Grande do Sul, combinei essa reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para falar do trabalho de recuperação feito pelos governos estadual e federal de ajuda ao povo gaúcho", escreveu Lula em suas redes sociais.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Durante minha visita ao Rio Grande do Sul, combinei essa reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para falar do trabalho de recuperação feito pelos governos estadual e federal de ajuda ao povo gaúcho. 📸 Wálisson Breno/Presidência <a href="https://t.co/Zn1ApWgLfD">pic.twitter.com/Zn1ApWgLfD</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1826305352490537278?ref_src=twsrc%5Etfw">August 21, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

21.08.2024 - Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília - DF.

Eduardo Leite volta a reclamar do governo Lula após reunião com o presidente

Por Eduardo Leite, no <a href="https://x.com/EduardoLeite_/status/1824472956279394391">X</a> - Assim como o presidente não governa para o governador, o governador também não governa para o presidente. Ambos devem governar para o povo e pelo povo. Hoje, estamos recebendo o presidente Lula no Estado, em um ato que é exemplo de como podemos e devemos trabalhar, apesar de qualquer divergência política, com união de esforços pela população.
Entregamos 253 unidades do Minha Casa Minha Vida - Entidades, programa federal que conta com contrapartida de quase R$ 20 milhões do governo do Estado. Moradias que já farão a diferença no atendimento de parte das famílias desabrigadas pela catástrofe de maio.
Reafirmei também ao presidente que a frequente insatisfação manifestada com o volume de apoio efetivamente entregue ao Estado nada mais é do que o dever de quem foi eleito para representar os interesses de todos os gaúchos. Um dever de dar a dimensão das necessidades do povo diante dos de abalos provocados pela sequência de pandemia, estiagens e, agora, enchentes históricas.
Reconhecemos aquilo nos foi concedido até então, mas seguiremos, sim, demandando, em nome do povo gaúcho, os ajustes e a desburocratização necessárias para que os recursos cheguem com a facilidade e a velocidade que as famílias e o empreendedores merecem.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Assim como o presidente não governa para o governador, o governador também não governa para o presidente. Ambos devem governar para o povo e pelo povo. Hoje, estamos recebendo o presidente <a href="https://twitter.com/LulaOficial?ref_src=twsrc%5Etfw">@LulaOficial</a> no Estado, em um ato que é exemplo de como podemos e devemos trabalhar, apesar… <a href="https://t.co/gMmOKXTyJI">pic.twitter.com/gMmOKXTyJI</a>— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) <a href="https://twitter.com/EduardoLeite_/status/1824472956279394391?ref_src=twsrc%5Etfw">August 16, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

16.08.2024 - Cerimônia de anúncio da aceleração das obras e adiantamento das entregas de Unidades Habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”, no Empreendimento Morada da Fé, em Porto Alegre - RS

Após levar bronca de Lula e receber investimentos, Leite diz que seguirá com mais cobranças

<a href="https://www.infomoney.com.br/politica/irritado-com-resposta-de-eduardo-leite-lula-rebate-eu-nao-disputo-nada-com-voce/">Infomoney</a> - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não escondeu a irritação, nesta sexta-feira (16), após a fala do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que rebateu as críticas feitas pelo petista, mais cedo, acerca das constantes queixas do tucano relacionadas à suposta lentidão do governo federal no repasse de recursos ao estado.
Entre abril e maio deste ano, o Rio Grande do Sul foi devastado por fortes chuvas e enchentes que destruíram centenas de municípios e deixaram pelo menos 179 mortos.
Depois de Leite se defender das críticas de Lula, o presidente da República começou seu discurso afirmando que tinha “um recado ao governador”.
“Eu nunca tive nenhum problema com nenhum governador. Eu trato todos com muito respeito e muita delicadeza. Aqui no Rio Grande do Sul, já estiveram presentes 32 ministros. Eu, se pudesse, já tinha feito todas as casas, mas não é assim que acontece. A gente não inventa casa”, disse Lula, em tom inflamado, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.
“Quando teve seca neste estado, o governo federal esteve aqui com 6 ministros. E eu duvido que, em algum momento antes, algum governo federal tivesse dado a atenção que nós demos para o estado. Você [Leite] recebeu todos os ministros”, prosseguiu o presidente. “E eu posso dizer a vocês, olhando na cara de cada um, que duvido que, na história da República brasileira, houve um governo além de Lula e Dilma que cuidou do Rio Grande do Sul como nós cuidamos aqui.”
Em seguida, Lula afirmou que tinha “muitos números” sobre o repasse de recursos do governo federal ao estado. “Não quero utilizar porque isso vai ser motivo de uma conversa minha com o governador em algum momento”, afirmou o petista.
“O governador foi convidado por mim, no dia 27 de janeiro, para uma reunião com os 27 governadores do Brasil, na qual eu pedi a cada governador que apresentasse as obras prioritárias do estado”, continuou Lula.
“O que nós estamos fazendo não é só por causa da enchente. A enchente é outra história. E o agronegócio está reclamando do quê? Nunca antes na história do Brasil o agronegócio teve o Plano Safra que teve em nosso governo”, defendeu Lula, rebatendo reclamações de setores do agro, mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eduardo, você saiba que tem um amigo. Eu não disputo nada com você. Eu não disputo popularidade. Eu não sou um gestor, eu sou um político”, completou Lula, dirigindo-se ao governador gaúcho.
O presidente também respondeu ao comentário de Leite, em seu discurso, citando uma suposta “claque” do governo federal que teria o vaiado. “Eduardo, se o outro presidente da República trazia claque para te vaiar, aqui estão trabalhadores e não são claque”, afirmou Lula.
<h3>O que disse Eduardo Leite</h3>
Mais cedo, em discurso no mesmo evento, o governador Eduardo Leite respondeu às críticas de Lula, feitas em entrevista à Rádio Gaúcha.
“O povo gaúcho não é mal agradecido, não é ingrato. O povo gaúcho agradece a todo apoio que recebe da sociedade brasileira e do seu governo, presidente. Nós agradecemos, mas também sabemos o que é de direito da população do estado e demandamos”, afirmou Leite.
O governador do Rio Grande do Sul disse, ainda, que o seu papel, “como governante em uma Federação, é agradecer pelo que foi feito, mas também demandar, pedir por mais”. “Tem muita burocracia e dificuldades que precisam ser superadas. Essa é a nossa demanda, esse é o nosso apelo”, disse o tucano.
“O recurso não chegou integralmente na ponta porque foram diversas amarras no meio do caminho”, concluiu o governador Eduardo Leite, aplaudido por alguns e vaiado por outros entre os que acompanhavam o evento na plateia.
<h3>Críticas de Lula</h3>
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula afirmou: “Eu, às vezes, fico incomodado, porque o governador [Leite] nunca está contente com as coisas. Ele deveria me agradecer um dia: ‘Lula, obrigado pelo tratamento que você está dando ao Rio Grande do Sul, porque o Rio Grande do Sul nunca foi tratado assim”.
Em seguida, Lula disse que seu antecessor no cargo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não tratou o Rio Grande do Sul com respeito e não fez obras no estado durante os 4 anos de seu mandato.
“O governador também fala todo dia: ‘é insuficiente, é insuficiente’. Tudo é insuficiente. Tudo é insuficiente porque a gente não vai atingir a perfeição nunca”, disse Lula.

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