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    Pimenta diz que 'tema da prevenção é chave' e defende 'mudanças estruturais' no combate aos extremos climáticos

    À TV 247, o ministro da Secom falou, inclusive, em mover cidades de lugar. “Tem regiões que tinham sido devastadas em setembro, foram reconstruídas e foram devastadas de novo"

    Paulo Pimenta, Lula e Waldez Góes (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - Ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT) defendeu nesta segunda-feira (6), em entrevista à TV 247, um debate aprofundado sobre a prevenção aos extremos climáticos, falando também na necessidade de ‘mudanças estruturais’. “Não tenho nenhuma dúvida de que o tema da prevenção é chave para este debate”.

    “Durante sete anos nós não tivemos nenhum centavo no orçamento da União para proteção de encostas e prevenção de enchentes. Nós tínhamos uma ação no PAC 1, onde inclusive vários projetos em regiões que foram atingidas estavam sendo elaborados, com a expectativa de investimentos para mitigar os efeitos de situações como essa. E com o afastamento da presidente Dilma, com o golpe, o Ministério das Cidades deixou de existir e naturalmente esses projetos foram colocados dentro de uma gaveta. Nós vamos agora fazer com que esses programas possam voltar a ter no Ministério das Cidades uma atenção. Agora, são sete ou oitos anos que não vão ser recuperados da noite para o dia”, disse Pimenta em uma retrospectiva.

    Ele salientou, por outro lado, que “o tamanho do problema é muito maior, e é um alerta para um debate estrutural sobre as mudanças climáticas, sobre as questões meteorológicas, sobre as mudanças que estão acontecendo no mundo”. “Uma grande enchente como essa tinha ocorrido em 1941. Ela foi menor do que essa. Boa parte dessas áreas que foram atingidas, em 1941 elas ainda não eram cidades. Elas são grandes aglomerados urbanos na região metropolitana que foram construídos na área em que em 1941 ficou embaixo d’água. Todas as áreas que eram as várzeas, a área natural de escoamento dos rios quando eles enchem, hoje são bairros, vilas, cidades. O rio, na verdade, voltou para o leito normal dele. Esse rio foi assoreado, o tamanho, a capacidade dele hoje é menor do que era. Então esse debate se impõe como uma questão fundamental para pensar o futuro”, disse o ministro, falando inclusive na possibilidade de reconstruir cidades em localidades diferentes das originais. “Tem regiões que tinham sido devastadas em setembro, foram reconstruídas e agora foram devastadas de novo. Nós vamos reconstruir no mesmo lugar? Me parece meio absurdo imaginar que vamos fazer isso de novo lá. Tem pessoas que moram lá há 30 ou 40 anos, em casas bem estruturadas, que têm uma atividade econômica relativamente estável na cidade. Você tem que viabilizar uma condição de poder fazer uma transição. Estava conversando com um prefeito hoje de manhã e ele está pensando em mudar a cidade de Barra do Rio Azul de lugar. E outras cidades também começam a trabalhar com a hipótese de uma mudança estrutural. Agora, vamos pensar o investimento disso em termos de infraestrutura, saneamento…”.

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