Porto Alegre tem alerta para deslizamentos. Autoridades recomendam evacuação no interior do RS
A possibilidade de inundações é "muita alta", informou o Centro Nacional de Monitoramento. Segundo o Inmet, toda a parte costeira do Rio Grande do Sul entrou em alerta de "perigo"
247 - Moradores do Rio Grande do Sul estão em alerta hidrológico e geológico para novos deslizamentos, aumento do nível de rios e avanço das inundações. A recomendação é que a população de cidades do interior deixem suas casas em lugares como Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, e Pelotas, na região sul. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu um alerta com a hipótese "muita alta" para inundações e previsão de acumulados de até 150 mm de chuva. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) disse haver possibilidade de chuva intensa em todo o RS e colocou toda a parte costeira em alerta de "perigo" para ventos fortes, de até 80 quilômetros por hora (km/h) na parte leste do estado, o que abrange a região metropolitana, o litoral, parte da Serra Gaúcha e o entorno da Lagoa dos Patos.
A Defesa Civil informou que os moradores de 469 das 497 cidades gaúchas tiveram problemas por causa das enchentes. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram diretamente impactadas - 581,6 estão desalojadas (morando com familiares ou amigos) e 63,9 mil em abrigos. Mais de 160 pessoas morreram no estado desde o dia 29 de abril.
De acordo com informações publicadas no jornal O Estado de S.Paulo, autoridades do RS estão preocupadas principalmente com as regiões do Vale do Taquari, a Serra Gaúcha, a Grande Porto Alegre e parte da região sul, no entorno da Lagoa dos Patos.
O rio Guaíba, na região metropolitana gaúcha, tem 4,02m (cota inundação de 3m no centro e 2,1m nas ilhas). Nesta quinta (23), o nível do rio aumentou 14 centímetros em cinco horas. Os sistemas de medição marcaram 3,82 metros às 1h15 da madrugada. Às 5h o rio chegou em seu pico das últimas 24h, marcando 3,96 metros.
Estatísticas divulgadas por autoridades gaúchas apontaram que existem cerca de 145,8 mil imóveis sem energia elétrica e 1.063 escolas foram impactadas. Na rede estadual, 588 escolas não retornaram. Há 141 colégios que haviam retomado as atividades tiveram as aulas suspensas na região metropolitana, no Vale do Taquari e na região da fronteira até a próxima semana.
Nas estradas, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) confirmou 75 bloqueios em rodovias estaduais e federais, o que inclui rompimento de pontes.
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