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Brasil sai da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas

Relatório da OMS/UNICEF mostra que o número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023

Lula (Foto: Presidência da República)

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247 - O Brasil deu um importante passo na área da saúde infantil, saindo da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. Esse avanço foi revelado no novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado nesta segunda-feira (15). Enquanto muitos países ainda lutam para atingir as metas de imunização, o Brasil destacou-se positivamente após enfrentar sucessivas quedas nas coberturas vacinais desde 2016. Em 2023, o governo brasileiro lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, visando recuperar a confiança da população nas vacinas, no Sistema Único de Saúde (SUS) e na ciência.

O relatório da OMS/UNICEF destaca que o número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP1 (vacina contra difteria, tétano e coqueluche) caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. Além disso, as crianças que não receberam a DTP3 diminuíram de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. A DTP é administrada no Brasil como a Vacina Pentavalente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, relembrou que o Brasil estava perdendo conquistas importantes, como a erradicação da varíola e a eliminação do vírus da poliomielite. “Mas nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento do Unicef e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”.

O investimento do governo federal em imunização aumentou significativamente, com mais de R$ 6,5 bilhões destinados à compra de vacinas em 2023 e previsão de R$ 10,9 bilhões para 2024. Além disso, R$ 150 milhões foram repassados anualmente aos estados e municípios para apoiar ações de microplanejamento, como campanhas de comunicação regionalizadas e a realização de "Dias D" de vacinação.

Em 2023, 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais em comparação com 2022. Entre os destaques estão as vacinas contra poliomielite, pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela e meningocócica C. A vacina de reforço da tríplice bacteriana (DTP) teve o maior aumento, de 9,23 pontos percentuais, passando de 67,4% para 76,7%.

Para garantir maior transparência e agilidade na divulgação dos dados vacinais, o Ministério da Saúde reestruturou o sistema de registro das vacinas, migrando todos os dados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Essa mudança permite que cada cidadão consulte sua situação vacinal online através do Meu SUS Digital.

O personagem Zé Gotinha, símbolo histórico da imunização no Brasil, tem sido fundamental nas campanhas de vacinação. Em 2023, ele participou de diversos eventos pelo país, reforçando a importância das vacinas e combatendo a desinformação.

Para enfrentar a desinformação e recuperar a confiança nas vacinas, o governo lançou o programa Saúde com Ciência, uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde e outros órgãos federais. O programa atua em cinco pilares: cooperação, comunicação estratégica, capacitação, análises e responsabilização.

Enquanto o Brasil avançou, o cenário global ainda enfrenta desafios. O número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023. As estimativas da OMS e do UNICEF, baseadas em dados de diversos países, fornecem um panorama abrangente sobre a imunização global contra 13 doenças.

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