Nísia Trindade: Brasil avançou na vacinação em 2024 graças ao combate à desinformação
Campanhas regionais, vacinação em escolas e ações contra fake news ajudaram a ampliar a cobertura vacinal
247 – O Governo Federal tem intensificado esforços para garantir que o Brasil mantenha altas coberturas vacinais, protegendo a população contra diversas doenças. De acordo com informações divulgadas pela Agência Gov e pelo programa A Voz do Brasil, foram distribuídas em 2024 mais de 270 milhões de doses de vacinas, das quais 92 milhões nos últimos seis meses. Esse empenho coletivo possibilitou ao país sair da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou a estratégia para recuperar a confiança nas vacinas e consolidar a credibilidade da ciência. “Com todo esse trabalho conseguimos conquistar resultados importantes. Nós conseguimos com que o país recebesse a recertificação de país livre do sarampo, conseguimos também aumentar, das 16 vacinas do calendário infantil, 15 tiveram avanços importantes, começando em 2023 e ampliando esse resultado em 2024”, disse.
Para manter o ritmo de imunização, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Vacinação de rotina: vacina é pra toda vida”, com foco na conscientização e na adoção de estratégias específicas para cada região brasileira. “É um trabalho que passa pela conscientização. Mas além das campanhas que voltaram, as campanhas gerais de publicidade em torno do tema das vacinas, do seu benefício, nós desenvolvemos todo um trabalho regionalizado, usando as rádios. Temos intensificado esse processo, com um planejamento adequado a cada região do país. Uma outra medida muito importante é a vacinação nas escolas”, ressaltou Nísia Trindade.
A ministra comemorou ainda o alcance de 100% de cobertura na dose de reforço contra a poliomielite neste ano, uma evolução expressiva em comparação aos 67% de 2022. “Também a vacina Tríplice Viral, que protege para sarampo, rubéola e caxumba, apresentou esse resultado de mais de 90% de cobertura. São resultados muito expressivos e essenciais para garantir esse direito e proteger nossas crianças e adolescentes”, destacou.
No entanto, o fortalecimento das campanhas de imunização não seria possível sem o enfrentamento às chamadas fake news. De acordo com a ministra, uma das medidas para combater informações falsas foi a criação do programa Saúde com Ciência, que se concentra em verificar e esclarecer postagens enganosas. “Todo mundo já recebeu alguma notícia falsa, coisas terríveis, informações dizendo que a vacina de Covid pode causar câncer ou negando a existência de câncer de mama. Esse tipo de desinformação deve ser combatido em conjunto com a sociedade, mas ações criminosas precisam ser denunciadas e investigadas”, afirmou.
Em um ano, foram analisados cerca de 100 mil conteúdos e comentários, evidenciando narrativas falsas que associavam a vacina contra a Covid-19 a doenças como câncer e aids, além de teorias infundadas sobre controle populacional por meio de chips. “O diagnóstico precoce é o melhor instrumento que temos de proteção, e esse tipo de informação errada deixa as pessoas desprotegidas de doenças e sem acesso à prevenção”, alertou a ministra. A iniciativa busca garantir à população acesso a dados confiáveis e provenientes de canais oficiais.
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