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    Parte da rede de saúde no RS não poderá ser reaproveitada, aponta ministério

    O comunicado emitido pela pasta vale para unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento e até hospitais

    Ministra Nísia Trindade (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

    247 - Equipes técnicas do Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, começaram as discussões para a segunda fase de enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul: a reconstrução da rede de assistência em saúde no estado. De acordo com a pasta, algumas "unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e até hospitais têm poucas chances de serem retomados". Desde o último dia 29, o ministério enviou recursos para 246 unidades de assistência. O total da destinação já soma quase R$ 1,5 bilhão O número foi divulgado pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) na manhã desta segunda-feira (13). 

    Mais de 2,1 milhões de pessoas tiveram algum problema por conta das chuvas no Rio Grande do Sul e 450 dos 497 municípios do estado sofreram algumas consequências. De acordo com autoridades locais, mais de 518 mil pessoas foram desalojadas (estão morando em casa de parentes ou amigos). 

    O ministério está organizando as primeiras informações que estão chegando das missões, ou seja, das visitas das equipes aos municípios. São duas frentes de análise: os municípios menos prejudicados e os que apresentam mais danos.

    São avaliadas questões como o que se perdeu, se houve dano estrutural da edificação, qual a dimensão dos estragos, das perdas, e se é possível uma reestruturação. 

    Nesta segunda-feira (13), o secretário de Atenção Primária à Saúde , Felipe Proenço, detalhou a situação dos hospitais e afirmou que alguns casos são dramáticos. “Sabemos de unidades que foram totalmente evacuadas. Além disso, outras fizeram a transferência dos pacientes de menor gravidade para atender os de maior gravidade”, disse.

    Proenço afirma que o grupo de trabalho foi criado para analisar a situação das unidades, ou seja, fazer um diagnóstico, mas também nortear como melhor utilizar leitos do estado e verificar a necessidade de ajuda nos municípios.

    O grupo envolve o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde, as secretarias municipais de Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS).

    “Temos nosso olhar, nossos instrumentos e mapeamento, mas precisamos escutar a avaliação do estado, do Cosems. Eles avaliam a necessidade e conhecem bem o estado”, pondera.

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