247 – Em um importante gesto diplomático, China e Japão reafirmaram o compromisso de aprofundar sua cooperação econômica durante a sexta edição do Diálogo Econômico de Alto Nível entre os dois países, realizada neste sábado (22) em Tóquio. A reunião foi co-presidida pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi — que também integra o Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês — e pelo chanceler japonês Takeshi Iwaya. A cobertura é da agência estatal chinesa Xinhua.
O encontro contou com a participação de representantes de 15 ministérios e órgãos governamentais de ambos os países, refletindo a abrangência da pauta bilateral. Ao final do diálogo, foram anunciados 20 pontos de consenso, abrangendo temas como desenvolvimento verde, proteção ambiental, cuidado com idosos, comércio de serviços, segurança alimentar, cadeias produtivas e proteção da propriedade intelectual.
“A China e o Japão devem trabalhar juntas para construir uma relação econômica e comercial estável e construtiva que atenda às exigências de uma nova era”, destacaram os dois chanceleres em nota conjunta. Também ficou acertado que ambos os países apoiarão mutuamente a realização de eventos em seus territórios e manterão consultas frequentes em diferentes níveis.
O diálogo teve como foco a implementação dos entendimentos alcançados previamente entre os líderes dos dois países. Um dos objetivos centrais, segundo as autoridades presentes, é enriquecer o componente econômico da parceria estratégica de benefício mútuo que vem sendo cultivada entre Pequim e Tóquio.
Por fim, os dois governos concordaram que a sétima rodada do Diálogo Econômico de Alto Nível será realizada na China, em data ainda a ser definida. A realização contínua desse mecanismo de alto nível reflete o interesse das duas maiores economias da Ásia em manter abertos os canais de cooperação em meio a um cenário global cada vez mais desafiador.

Redação Brasil 247

China e Japão alinham cooperação de alto nível

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Mundo

China e Japão avançam em diálogo econômico com consenso sobre 20 áreas estratégicas

247 - Sob a liderança do Brasil, o Grupo de Trabalho de Turismo do BRICS (BRICS Tourism Working Group) realizou sua primeira reunião técnica de 2025 por videoconferência, entre os dias 17 e 18 de março. A iniciativa marca o início de uma nova fase de debates e propostas voltadas ao fortalecimento do turismo regional e da cooperação entre os países do Sul Global.&nbsp;
Durante os dois dias de encontros, representantes dos onze países membros — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — compartilharam estratégias nacionais e discutiram propostas para impulsionar o turismo como motor de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
O Ministério do Turismo do Brasil apresentou um relatório técnico que delineia a situação atual do turismo regional nos países do bloco e recomenda ações conjuntas. Entre as propostas destacadas estão investimentos em infraestrutura, diversificação dos destinos turísticos, qualificação profissional, estímulo à cooperação público-privada, ampliação de linhas de financiamento e ações de promoção dos destinos.
Em vídeo exibido aos participantes, a secretária-executiva do MTur, Ana Carla Lopes, destacou o potencial do turismo sustentável. “Devemos continuar fortalecendo o turismo como uma ferramenta estratégica de cooperação. Temos certeza de que este grupo continuará a atuar como motor para impulsionar ações positivas para nossas nações e para o mundo”, afirmou.
Um dos temas mais debatidos foi o incentivo à atração de nômades digitais — profissionais que trabalham remotamente e têm o turismo como estilo de vida. Para isso, o Brasil distribuiu aos demais países um questionário online a fim de coletar informações e alinhar políticas voltadas a esse público específico.
A diversidade entre os países do BRICS, intensificada com a recente ampliação do bloco, também foi mencionada como oportunidade estratégica. Kamila Zardini, chefe substituta da Assessoria de Relações Internacionais do MTur e coordenadora das reuniões online, reforçou a importância da troca de experiências entre os membros. “Apesar de haver semelhanças, os países do BRICS apresentam uma diversidade significativa e estão geograficamente distantes uns dos outros. Essa diversidade oferece uma oportunidade única para compartilhar boas práticas, aprendizado mútuo e fortalecer a cooperação no setor de turismo”, afirmou.
A agenda do grupo prevê um novo encontro técnico presencial em 9 de maio, em Brasília. Três dias depois, no mesmo local, os ministros do Turismo dos países do BRICS participarão de uma reunião para consolidar as propostas discutidas em uma declaração conjunta. A expectativa é de que o documento funcione como base para a integração de políticas e ações de fomento ao turismo entre os membros do bloco.

Guilherme Levorato

Reunião do Grupo de Trabalho de Turismo do BRICS

Sul Global

Brasil propõe cooperação turística entre países do BRICS e aposta no fortalecimento do turismo regional

247 – Em reunião virtual realizada neste sábado (21), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zheng Shanjie, deram mais um passo para consolidar a cooperação estratégica entre Brasil e China. De acordo com informações da Agência Gov, a iniciativa busca viabilizar uma ampla carteira de projetos bilaterais, baseados em acordos assinados durante a recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil.
A intenção, conforme divulgado pela Casa Civil, é aproveitar os atos firmados pelos presidentes Lula e Xi Jinping para fomentar investimentos, sobretudo em infraestrutura, cadeias produtivas, energia limpa, transformação ecológica e tecnologias estratégicas. Para auxiliar na viabilização financeira desses projetos, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “banco dos Brics”, Dilma Rousseff, participou do encontro, reforçando o papel da instituição no aporte de recursos para as novas parcerias. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também compôs a mesa de negociação.
As autoridades destacaram duas forças-tarefas prioritárias, formalizadas no Plano de Cooperação Brasil-China, que foi assinado em novembro. Uma delas irá definir iniciativas para concretizar o eixo de cooperação financeira, e a outra será responsável por projetos nos setores de infraestrutura, cadeias produtivas, sustentabilidade ambiental, transição energética e inovação. “É essencial unirmos esforços em atividades já estruturadas, como o Novo PAC, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana”, explicou Rui Costa.
O ministro brasileiro ressaltou que as diversas pastas do governo federal serão envolvidas nessas forças-tarefas, sob a coordenação da Casa Civil, para garantir a consistência e a eficiência dos projetos. A expectativa é que, até fevereiro de 2025, uma lista inicial de iniciativas prioritárias seja apresentada ao governo chinês, de modo a avançar nos trâmites de financiamento e execução.
Além de Rui Costa, Zheng Shanjie e Dilma Rousseff, a reunião contou com a presença do embaixador Zhu Qingqiao, de outras dez autoridades chinesas, entre vice-ministros e chefes de departamentos, além da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
A reunião virtual reforça a importância da parceria Brasil-China, que tem na cooperação financeira, na inovação tecnológica e no compromisso com o desenvolvimento sustentável seus principais pilares. Esses entendimentos, segundo os participantes, deverão resultar em maior competitividade econômica e social para ambos os países a partir de 2025.

Reunião do presidente Lula com o  presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada  Foto: Ricardo Stuckert / PR

Economia

Brasil e China fortalecem cooperação estratégica para impulsionar desenvolvimento sustentável

247 – O vice-presidente Geraldo Alckmin recebeu, nesta terça-feira (10), o primeiro-ministro da República Eslovaca, Robert Fico, em Brasília. O encontro oficial resultou na assinatura de importantes acordos entre os dois países, abordando áreas como defesa, segurança, inteligência e comércio. A notícia foi divulgada pela Agência Gov, por meio do portal do Planalto.
Entre os destaques das assinaturas, estão um memorando de entendimento entre o Instituto Rio Branco e o Ministério de Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus da Eslováquia, além de um protocolo que atualiza a Convenção Brasil-Tchecoslováquia, de 1986, voltado para evitar a bitributação e prevenir a evasão fiscal. “Os acordos que assinamos trarão novas oportunidades, como a cooperação em defesa e segurança cibernética, além de garantir mais previsibilidade para o comércio bilateral e investimentos recíprocos”, afirmou Alckmin.
Parceria estratégica e Mercosul 
O vice-presidente ressaltou a conclusão das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, que contou com apoio eslovaco. Ele destacou o impacto do acordo, que reúne economias com um PIB combinado de cerca de US$ 22 trilhões. “Representa muito mais do que um acordo comercial. Simboliza a aproximação de duas regiões capazes de influenciar a governança global”, disse Alckmin, enfatizando o compromisso com o comércio multilateral e a proteção ambiental.
Robert Fico, por sua vez, destacou a relevância do Brasil como ator global e celebrou a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Parabenizamos o Brasil pela presidência exitosa do G20 e pela adoção do documento sobre combate à fome e pobreza. É uma honra sermos uma das partes fundadoras da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, declarou Fico.
Relações bilaterais e perspectivas econômicas 
Desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1993, após a dissolução da Tchecoslováquia, Brasil e Eslováquia têm aprofundado sua cooperação. A inauguração da Embaixada do Brasil em Bratislava, em 2008, marcou um passo significativo nesse processo.
O comércio bilateral alcançou US$ 432 milhões entre janeiro e outubro de 2024, com destaque para exportações brasileiras de couro e produtos industriais e importações eslovacas de automóveis e equipamentos eletrônicos. “Esperamos que os laços entre o Brasil e a Eslováquia continuem se fortalecendo em benefício de um mundo de paz e prosperidade”, concluiu Alckmin.

Brasil

Brasil e Eslováquia ampliam cooperação estratégica com acordos em defesa e comércio

Agência BNDES - As relações entre Brasil e China foram debatidas nesta segunda-feira, 14, na conferência internacional “Governança Global e Cooperação China-Brasil”, realizada na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por iniciativa do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS) e do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CBAE-UFRJ).
Na mesa de abertura, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante defendeu a criação de um fundo bilateral de integração estratégica que funcionaria como uma porta de entrada para investimentos de empresas de setores diversos, como agronegócio sustentável e descarbonização da indústria. “Poderíamos fazer de forma mais ágil e eficiente se houver uma gestão coordenada entre o BNDES e o seu parceiro na China”, argumentou. Outro desafio, segundo ele é uma maior integração entre os sistemas financeiros dos dois países, com maior presença nacional no mercado de capitais da China.
Também presente no evento, a ministra Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou a relevância de ampliar a parceria bilateral em um ano marcado pelo 50º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e pela realização da reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro, com a presença do presidente chinês, Xi Jinping.
Para o presidente do BNDES, Brasil e China têm ambições comuns e muita convergência em iniciativas diplomáticas estratégicas, especialmente aquelas voltadas para a paz e a estabilidade global, a redução da pobreza, o enfrentamento da crise climática e a sustentabilidade do desenvolvimento. Mercadante avaliou que essa parceria se torna ainda mais relevante e desafiadora em um momento geopolítico de grandes mudanças, com guerras no Oriente Médio e no leste europeu, além do crescimento de barreiras unilaterais que exigem do Sul Global a criação de estratégias de defesa comercial.
“Brasil e China têm que sair do conceito de vantagem competitiva para vantagem colaborativa. Somos complementares em muitas coisas e podemos fazer muito pela paz mundial, pela segurança alimentar, pela transição energética e pelo combate à crise climática. O desafio é melhorar a qualidade das nossas relações comerciais”, disse Mercadante, lembrando que metade do superávit comercial brasileiro no ano passado foi com a China.
Mercadante também citou o interesse do Brasil em parcerias nas áreas de inteligência artificial, transição digital e infraestrutura – incluindo ferrovias, metrôs e trens urbanos –, com projetos que incluam transferência de tecnologia. Segundo ele, o BNDES tem vários acordos prontos a serem assinados com a China e os anúncios devem ocorrer na visita do presidente Xi Jinping.
“Na visão do governo brasileiro, é preciso aprofundar essa relação comercial e torná-la mais estratégica, avançando em diferentes áreas e produtos”, reforçou a ministra Esther Dweck. Para ela, fortalecer a cooperação entre os dois países é fundamental para garantir caminhos de desenvolvimento sustentável, enfrentar as crises econômicas e promover reformas na arquitetura financeira internacional. A ministra também ressaltou que Brasil e China têm liderado a reforma da governança global, num momento que pede por soluções inovadoras e novas vozes.
O presidente da CASS, Gao Xiang, contou que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a cooperação em áreas como agricultura, infraestrutura, desenvolvimento verde, energia limpa e transição energética. “Compartilhamos posições semelhantes em questões relacionadas à paz e ao desenvolvimento mundial. Devemos promover as relações bilaterais para construir um futuro compartilhado entre os dois países”, disse.

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BNDES recebe conferência internacional para debater cooperação Brasil-China