247 - Jair Bolsonaro proferiu neste sábado (6) um discurso em uma conferência da extrema-direita regional, realizada em Balneário Camboriú (SC). O ex-ocupante do Palácio do Planalto disse que não tem mais ambições de chegar ao poder, após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral.&nbsp;
Em sua fala na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) Brasil, Bolsonaro disse ainda que o Brasil é um "país de cristão, pessoas ordeiras e trabalhadoras", e que a direita seria a solução para os problemas do país. Ele também fez ataques ao Partido dos Trabalhadores e disse estar a aberto a questionamentos da imprensa, após ser indiciado pela Polícia Federal pelo caso do roubo das joias árabes.&nbsp;
Bolsonaro também disse não ter mais ambição de chegar ao poder, e que hoje sua "obsessão é pelo nosso Brasil", acrescentou.&nbsp;
Segundo informações da revista <a href="https://veja.abril.com.br/mundo/evento-que-recebe-milei-em-sc-comeca-com-caos-e-desorganizacao/">Veja</a>, a CPAC Brasil, organizada pelo clã Bolsonaro, iniciou com caos e desorganização. O evento, que contará com a presença do presidente argentino Javier Milei, esgotou suas 5 mil vagas, mas enfrentou problemas significativos na entrada, incluindo filas desordenadas, empurra-empurra e falta de organização para credenciamento de autoridades e imprensa.&nbsp;

Jair Bolsonaro discursa em conferência da extrema-direita em Balneário Camboriú (SC)

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Brasil

Bolsonaro declara fim de ambições políticas em evento caótico da extrema-direita em SC

247 - O governo brasileiro adotou uma postura de discrição e distanciamento em relação à visita do presidente argentino de extrema direita, Javier Milei, ao Brasil para participar do congresso da Conservative Political Action Conference (CPAC), que acontecerá em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Milei, conhecido por suas posições extremistas, desembarcará em solo brasileiro sob o olhar vigilante das autoridades, <a href="https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/07/6892039-ordem-no-governo-lula-e-nao-dar-palco-para-javier-milei.html">informa</a> o Correio Braziliense.
Segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty limitará seu apoio à logística básica de desembarque em Florianópolis, sem emissão de declarações públicas sobre a presença do presidente argentino. A estratégia visa evitar qualquer polêmica que possa prejudicar as relações bilaterais entre Brasil e Argentina.
A orientação de não dar palco a Milei reflete incidentes passados, como o ocorrido na Espanha, onde suas declarações agressivas resultaram em um gesto diplomático duro por parte de Madri - o governo espanhol chamou seu embaixador na Argentina de volta após o presidente argentino chamar a esposa de Pedro Sánchez de 'corrupta'. A diplomacia brasileira teme repercussões similares e, por isso, adota uma abordagem cautelosa diante da presença do argentino no CPAC brasileiro.
O evento em Balneário Camboriú também contará com a presença de figuras da extrema direita brasileira, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, sob o apoio do governador catarinense Jorginho Melo (PL). A presença de Milei será monitorada de perto pelo Palácio do Planalto e pelo MRE, mesmo com a falta de declarações oficiais por parte da embaixada argentina.
Para evitar atritos diplomáticos e controvérsias, o governo Lula prefere não alimentar debates ou conceder espaço midiático significativo à visita de Milei, apostando na estratégia de minimizar os impactos de sua presença no Brasil. Este foi o mesmo procedimento adotado pela administração de Joe Biden nos EUA durante a recente visita do argentino ao país, o que também serve como inspiração aos brasileiros neste momento.

Guilherme Paladino

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Governo Lula orienta a 'não dar palco para Milei', que vem a evento da extrema direita em SC

247 - O jornalista Mario Vitor Santos abordou durante participação na TV 247 a recente escalada de tensões entre Brasil e Argentina, ressaltando a importância de uma resposta firme do governo brasileiro às ofensas do presidente argentino, o ultralibertário Javier Milei, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O Milei vai ao Brasil para uma conferência do fascismo internacional no Balneário Camboriú e já disse que não vai à reunião do Mercosul no dia 8 de julho. Ele tem dito que o Lula é um idiota dinossauro, coisas assim. Não é só estúpido, já não são apenas críticas políticas, já são críticas de ação, de natureza pessoal mesmo", disse Santos sobre a ida de Milei a uma conferência de extrema-direita em Balneário Camboriú (SC), onde deve se reunir com Jair Bolsonaro.&nbsp;
Em relação à postura que o presidente Lula deve adotar após as ofensas de Milei a Lula, Mario Vitor foi claro: "Como o Lula deve reagir nesse momento? A minha impressão é de que não há outra saída senão reagir na mesma moeda e colocar a situação em termos e da seriedade que ela tem. Não dá para continuar fingindo que não há nada grave. É muito grave, inaceitável no nível das relações diplomáticas bilaterais de dois vizinhos tão importantes como são Brasil e Argentina".&nbsp;
Ele também defendeu uma resposta enérgica por parte do Brasil: "O presidente Milei tem que ser obrigado a parar pela reação enérgica do Brasil. Chega de tolerar esse tipo de coisa. O Brasil precisa traçar uma linha, a partir da qual esse sujeito seja colocado no seu devido lugar. Ele precisa enfrentar as consequências dos seus atos. Ele tem que ser conduzido a interromper comportamento tão radical, tão juvenil e impertinente". Assista na TV 247:&nbsp;
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Entrevistas

"Não dá para continuar fingindo que não é grave", diz Mario Vitor sobre ofensas de Milei a Lula

247 - A Secretaria de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores informou nesta quarta-feira (3) que o governo brasileiro não foi notificado sobre a ida do presidente da Argentina, Javier Milei, a Santa Catarina, onde participará de um evento da extrema-direita regional e deve se encontrar com Jair Bolsonaro.
“Em relação à presença eventual do presidente Milei ao Brasil, não temos nenhuma confirmação oficial. Não posso sequer comentar”, disse a embaixadora Gisela Padovan, em entrevista a jornalistas, conforme citado pelo jornal <a href="https://www.estadao.com.br/internacional/itamaraty-diz-que-milei-nao-notificou-viagem-ao-brasil-e-lamenta-ausencia-de-argentino-no-mercosul/">O Estado de S. Paulo</a>.&nbsp;
Por protocolo, quando um chefe de Estado viaja a outro país em avião próprio, os governos trocam informações diplomáticas e militares, incluindo aviso prévio, dados da rota e plano de voo, para coordenação da entrada no espaço aéreo, controlado pela Aeronáutica.

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Milei ignora protocolo diplomático e viaja ao Brasil sem aviso para se reunir com Bolsonaro