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Governo Lula orienta a 'não dar palco para Milei', que vem a evento da extrema direita em SC

O governo Lula prefere não alimentar debates ou conceder espaço midiático significativo à visita de Milei, apostando na estratégia de minimizar impactos de sua presença no Brasil

Lula e Milei (Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters)

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247 - O governo brasileiro adotou uma postura de discrição e distanciamento em relação à visita do presidente argentino de extrema direita, Javier Milei, ao Brasil para participar do congresso da Conservative Political Action Conference (CPAC), que acontecerá em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Milei, conhecido por suas posições extremistas, desembarcará em solo brasileiro sob o olhar vigilante das autoridades, informa o Correio Braziliense.

Segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty limitará seu apoio à logística básica de desembarque em Florianópolis, sem emissão de declarações públicas sobre a presença do presidente argentino. A estratégia visa evitar qualquer polêmica que possa prejudicar as relações bilaterais entre Brasil e Argentina.

A orientação de não dar palco a Milei reflete incidentes passados, como o ocorrido na Espanha, onde suas declarações agressivas resultaram em um gesto diplomático duro por parte de Madri - o governo espanhol chamou seu embaixador na Argentina de volta após o presidente argentino chamar a esposa de Pedro Sánchez de 'corrupta'. A diplomacia brasileira teme repercussões similares e, por isso, adota uma abordagem cautelosa diante da presença do argentino no CPAC brasileiro.

O evento em Balneário Camboriú também contará com a presença de figuras da extrema direita brasileira, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, sob o apoio do governador catarinense Jorginho Melo (PL). A presença de Milei será monitorada de perto pelo Palácio do Planalto e pelo MRE, mesmo com a falta de declarações oficiais por parte da embaixada argentina.

Para evitar atritos diplomáticos e controvérsias, o governo Lula prefere não alimentar debates ou conceder espaço midiático significativo à visita de Milei, apostando na estratégia de minimizar os impactos de sua presença no Brasil. Este foi o mesmo procedimento adotado pela administração de Joe Biden nos EUA durante a recente visita do argentino ao país, o que também serve como inspiração aos brasileiros neste momento.

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