<p><b>247 -</b> Durante entrevista ao programa <i>“Denise Assis Convida”</i>, exibido neste domingo, o professor, historiador e escritor Carlos Fico afirmou que seu próximo livro, com lançamento previsto para maio pela Editora Planeta, será o último de sua trajetória. “É o último”, antecipou.</p>
<p>Após 40 anos dedicados a pesquisas sobre o período militar no Brasil, Fico contou que passou os últimos três anos investigando a influência dos militares sobre a sociedade brasileira, abordando o sentimento de superioridade que, segundo ele, os move e a convicção de que o país não é capaz de conduzir o próprio destino — o que justificaria, em sua visão, os sucessivos golpes e a tentativa constante de tutela sobre a democracia. A nova obra foi escrita em um ano.</p>
<p>Na conversa, Fico descreveu o livro como “um presente que eu me dei, o de escrever um livro sem me preocupar com as regras da academia, que nos obriga a conceitualizar e a certas amarras que nessa escrita eu abandonei”.</p>
<p>Com uma fala mais calma e detalhista do que o habitual, a entrevista transmitiu a sensação de encerramento de um ciclo. Fico deixou transparecer o sentimento de dever cumprido e contou que, para suavizar a dureza da trajetória dos militares na política brasileira, optou por uma escrita mais próxima da narrativa de uma novela.</p>
<p>O historiador também adiantou que pretende criar documentários a partir das histórias que pesquisou ao longo das décadas. E compartilhou um trecho da nova obra, em que narra um episódio envolvendo o ex-ditador Emílio Garrastazu Médici, então diretor da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), que colocou a tropa de cadetes na estrada para evitar um confronto entre o general “legalista” Âncora e o general Amaury Kruel, último a aderir ao golpe de 1964, no dia 31 de março daquele ano. Assista:&nbsp;</p>
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Dafne Ashton

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Entrevistas

Carlos Fico se despede da produção acadêmica e prepara documentários sobre a ditadura

<p><b>247 -</b> Em entrevista ao programa “Denise Assis Convida”, da TV 247, deste domingo (9), o produtor de cinema Daniel Dreifuss, um brasileiro que detém 4 estatuetas do Oscar, recebidas em 2023 pelo longa “Nada de Novo no Front”, disse que não ficou ressentido de não ter sido lembrado – na esteira das badalações do prêmio -, pelo feito. Acha normal que o público no Brasil não o reconheça, “afinal, apesar de receber cartas de brasileiros, e carinho pelo Instagram, tenho consciência de que não sou uma figura pública, dessas que são reconhecidas na rua. A Fernanda Torres, sim, já tinha um reconhecimento e uma carreira artística consolidada no Brasil e agora é a queridinha da mídia internacional. Estou aqui com a minha mesa repleta de revistas com Fernanda na capa”.</p>
<p>Dreifuss entende e fala com o <b>247</b> de Los Angeles, onde mora há mais de 20 anos - outro fator que o faz compreender o porquê de não ter sido lembrado entre os brasileiros que já haviam sido indicados e, ele, o único a receber quatro estatuetas, não foi citado nas matérias que antecederam à conquista.</p>
<p>“Não fico nem um pouco ressentido”, diz. Mas considera, sim, uma falha (e aí é uma falha jornalística e técnica, ele frisa), que nos artigos dos críticos e dos que cobrem a área, os seus feitos não tenham sido registrados. “Esses eu acho que deveriam registrar”, considera.</p>
<p>Daniel Dreifuss recebeu o troféu nas categorias: melhor filme internacional (uma produção alemã); melhor direção de arte; melhor fotografia e trilha sonora original, consagrando-se como o segundo mais premiado da noite do Oscar de 2023. E em 2012, foi o indicado a melhor filme estrangeiro por “No”, uma produção do Chile, que registrava o trabalho da campanha que derrubou Pinochet.</p>
<p>Nessa conversa com o <b>247</b> ele nos contou que acompanhou a premiação em uma das festas promovidas pela Academia de Cinema, em um espaço ao lado do teatro onde a premiação acontece e, depois do anúncio, esteve com Fernanda Torres e Walter Salles. Até o anúncio, porém, é uma longa estrada e são esses meandros da premiação que Dreifuss revela nesse papo. <b>Confira o vídeo completo abaixo:</b></p>
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Redação Brasil 247

Detentor de quatro Oscars, brasileiro Daniel Dreifuss revela como são feitas as campanhas até a premiação

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