(Sputnik) - A Ucrânia está pronta para negociações com a Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, durante conversas com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, nesta quarta-feira (24).
"O lado ucraniano está disposto e pronto para conduzir diálogo e negociações com o lado russo. Claro, as negociações devem ser racionais e práticas, visando alcançar uma paz justa e duradoura", disse Kuleba, citado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.
Kiev, que impôs uma autoproibição de negociações com a Rússia, atualmente não vê nenhuma disposição de Moscou para se engajar nelas, disse o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia mais tarde no dia.
"Dmytro Kuleba reiterou a posição estabelecida da Ucrânia de que está pronta para envolver o lado russo no processo de negociação em um determinado estágio, quando a Rússia estiver pronta para negociar de boa fé, mas enfatizou que tal disposição não é atualmente observada do lado russo", disse o ministério em uma declaração após as conversas entre Kuleba e Wang.
Em uma entrevista à BBC publicada na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que permitia a possibilidade de negociações com representantes russos para encerrar o conflito na Ucrânia, apesar da proibição que ele impôs às negociações com Moscou.
Moscou repetidamente indicou que estava pronta para negociações, mas Kiev introduziu uma proibição delas em nível legislativo. O Kremlin declarou que a prioridade absoluta para a Rússia era alcançar os objetivos da operação especial, acrescentando que a situação na Ucrânia pode se mover em direção à paz, desde que novas realidades no terreno sejam levadas em consideração.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversa com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em Guangzhou, província de Guangdong, no sul da China, em 24 de julho de 2024

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Mundo

Ucrânia diz que está pronta para negociar com a Rússia

CMG – O membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e chanceler chinês, Wang Yi, reuniu-se nesta quarta-feira (24) com o chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em Guangzhou, sul da China. 
Na reunião, Wang Yi lembrou que a China e a Ucrânia são países amigos e preservam uma amizade e cooperação ao longo dos anos de intercâmbio. Há mais de uma década, os dois países já estabeleceram uma parceria estratégica caraterizada pelo respeito mútuo, tratamento igualitário e cooperação de benefícios recíprocos. Os dois chefes de Estado reiteram que devem tratar e planejar as relações bilaterais a partir de uma perspectiva de longo prazo para promover a parceria bilateral. Com base nisso, devemos manter a comunicação, reforçar nossa confiança mútua, herdar a amizade tradicional, promover o intercâmbio amistoso entre povos, a fim de impulsionar o desenvolvimento estável e saudável das relações China-Ucrânia. 
Wang Yi apontou que a crise ucraniana já está em seu terceiro ano e ainda com o risco de escalonamento e transbordamento. A parte chinesa trabalha firmemente por uma solução política para a crise. O presidente chinês, Xi Jinping, apresentou seis princípios para tal solução. Com base nisso, a China e o Brasil publicaram um consenso em seis pontos que foi aplaudido pela comunidade internacional. A parte chinesa considera que a solução de todos os conflitos deve ser resolvida através de negociações. A China continua desempenhando seu papel construtivo para o cessar-fogo e a retomada do diálogo. Além disso, a China acompanha a situação humanitária na Ucrânia e continuará fornecendo bens de assistência ao país. 
Por sua vez, o chanceler ucraniano disse que a China é um grande país e a Ucrânia atribui alta importância às opiniões da China e estudou atenciosamente o consenso em seis pontos promovido pela China e pelo Brasil. Ele revelou que a Ucrânia está disposta a iniciar uma negociação com a Rússia de forma racional e pragmática, a fim de alcançar uma paz imparcial e duradoura. 
Tradução:Xia Ren
Revisão: Denise Melo

China

Chanceleres da China e Ucrânia trocam opiniões sobre crise ucraniana

247 - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, iniciou uma visita de três dias à China nesta terça-feira (23), a convite do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
Esta será a primeira visita de Kuleba ao país asiático desde o início da operação militar da Rússia na Ucrânia.
As partes realizarão conversações com foco no conflito entre Moscou e Kiev, bem como no papel de Pequim para alcançar uma paz estável. Os principais diplomatas também discutirão as perspectivas para o desenvolvimento das relações bilaterais durante as conversações.
"Durante a visita do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, [Dmytro] Kuleba, à China, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizará conversações com ele para trocar opiniões sobre a implementação do consenso alcançado pelos dois chefes de Estado, a promoção da cooperação entre China e Ucrânia e questões de interesse mútuo para ambos os lados," disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma coletiva nesta terça-feira.
Sobre a crise ucraniana, a China considera que alcançar um cessar-fogo e buscar uma solução política "estão nos interesses comuns de todas as partes," acrescentou Mao.
"A China continuará a apoiar a paz e o diálogo e a apoiar a comunidade internacional em alcançar um maior consenso e buscar conjuntamente maneiras eficazes e viáveis de resolver a crise politicamente," disse Mao. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

Chanceler da Ucrânia visita China para fortalecer laços e buscar solução para guerra

(Sputnik) - Kiev poderia concordar com a presença russa na próxima cúpula internacional sobre a Ucrânia se os contatos fossem geridos de maneira similar à realizada em Istambul em 2022, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nesta sexta-feira (21).&nbsp;
"A participação da Rússia na segunda cúpula é possível dentro de um quadro semelhante à Iniciativa de Grãos do Mar Negro... Naquela época, a Ucrânia realizou conversas com a Turquia e a ONU, e então a Turquia e a ONU negociaram com a Rússia", disse Kuleba, citado pelo site de notícias ucraniano Mirror.
O ministro disse no último domingo que a próxima conferência internacional sobre a Ucrânia deveria levar ao fim do conflito e que a Rússia poderia fazer parte dessas negociações.
Kuleba sugeriu nesta sexta-feira que um país do Sul Global poderia sediar a cúpula após a Suíça, com a Arábia Saudita sendo uma das opções na mesa. "Atualmente, queremos realizar a segunda cúpula em um dos países do chamado Sul Global. E há muitos interessados que mostram interesse em sediá-la", acrescentou.
A Suíça sediou uma conferência de alto nível sobre a Ucrânia no resort de Buergenstock, nos arredores de Lucerna, de 15 a 16 de junho. A Rússia não recebeu um convite. Em 16 de junho, o chefe de comunicações do Ministério das Relações Exteriores da Suíça, Nicolas Bideau, disse à Sputnik que a próxima conferência sobre a Ucrânia pode ser realizada antes da eleição presidencial dos Estados Unidos, prevista para 5 de novembro.

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