BRUXELAS (Reuters) - A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, pediu nesta quinta-feira uma maior colaboração de defesa no Ártico com os Estados Unidos durante uma visita à Groenlândia, e rejeitou firmemente o desejo dos EUA de anexar o território dinamarquês semiautônomo.
A visita de Frederiksen ocorre após meses de tensão entre Washington e Copenhague devido às repetidas declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a ilha do Ártico deveria se tornar parte dos Estados Unidos.
Em uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro da Groenlândia que deixou o cargo e o novo premiê, Frederiksen mudou para o inglês para se dirigir diretamente aos Estados Unidos, convidando-os a fortalecer a segurança no Ártico junto com a Dinamarca e a Groenlândia.
"Gostaria de aproveitar esta oportunidade para enviar uma mensagem diretamente aos Estados Unidos da América", disse Frederiksen a bordo de um navio militar com penhascos nevados ao fundo.
"Não se trata apenas da Groenlândia ou da Dinamarca, mas da ordem mundial que construímos juntos através do Atlântico ao longo de gerações. Não se pode anexar outro país, nem mesmo com um argumento sobre segurança", disse ela.
Seus comentários foram feitos logo após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, terem se encontrado à margem de uma reunião da Otan em Bruxelas.
De acordo com Rasmussen, Rubio reconheceu o direito da Groenlândia à autodeterminação.
Rubio reafirmou a "forte relação" entre os EUA e a Dinamarca, disse o Departamento de Estado em um comunicado após a reunião.
Enquanto isso, o novo primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, que venceu as eleições parlamentares do mês passado, disse na coletiva de imprensa que era importante que a Dinamarca e a Groenlândia se mantivessem unidas em uma situação de tamanha pressão externa, segundo o jornal Sermitsiaq.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, visitou uma base militar norte-americana no norte da Groenlândia na última sexta-feira e acusou a Dinamarca de não estar fazendo um bom trabalho para manter a segurança da ilha ártica. Ele sugeriu que os EUA protegeriam melhor o território estrategicamente localizado.
Frederiksen disse na ocasião que a descrição de Vance sobre a Dinamarca "não era justa".
Nesta quinta-feira, ela delineou os compromissos de segurança da Dinamarca, incluindo novos navios no Ártico, drones de longo alcance e capacidade de satélite, e disse que a Dinamarca anunciaria mais investimentos.
"Se vocês quiserem estar mais presentes na Groenlândia, a Groenlândia e a Dinamarca estão prontas e se quiserem fortalecer a segurança no Ártico, assim como nós, então vamos fazer isso juntos", disse ela.
(Reportagem de Tom Little em Nuuk, Louise Rasmussen e Stine Jacobsen em Copenhague, Daphne Psaledakis e Andrew Gray em Bruxelas)

Luis Mauro Filho

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Mundo

"Você não pode anexar outro país", diz primeira-ministra dinamarquesa aos EUA sobre Groenlândia

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade à primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, neste sábado (8), após a líder dinamarquesa sofrer um ataque em uma praça de Copenhague, capital do país. A agressão ocorreu na sexta-feira (7/6), e o agressor foi imediatamente detido pela polícia local.
Em sua conta na rede social X (antigo Twitter), Lula lamentou o episódio violento. "Quero expressar minha solidariedade à primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, que foi atacada em uma praça de Copenhague dias antes do pleito eleitoral do Parlamento Europeu. Não podemos permitir que comportamentos criminosos como este, que colocam em risco a vida das pessoas por mera discordância política, sejam a regra no mundo. Do Brasil, estendo minha solidariedade à Mette Frederiksen e a todo povo dinamarquês", declarou o presidente.
A polícia dinamarquesa informou que o agressor foi preso logo após o incidente, mas não divulgou mais detalhes sobre o ataque ou as motivações do agressor. A investigação do caso está em andamento.

Lula expressa solidariedade à primeira-ministra dinamarquesa após ataque em praça pública

Sputnik – Um incidente chocante abalou a capital dinamarquesa na noite desta sexta-feira, quando a primeira-ministra Mette Frederiksen foi espancada na praça Kultorvet. O ataque, que deixou a líder "chocada", resultou na prisão do agressor.
O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, condenou veementemente o ataque em sua conta na rede social X, descrevendo-o como uma "covarde agressão". Até o momento, não há informações detalhadas sobre o estado de saúde da primeira-ministra.
A polícia local, que deteve o suspeito pouco após o ataque, informou que a investigação está em andamento e que não há mais comentários ou observações disponíveis no momento. O incidente ocorreu em uma movimentada praça no centro de Copenhague, um local normalmente pacífico.
Lideranças dinamarquesas e europeias expressaram solidariedade e repúdio ao ataque. Pelle Dragsted, porta-voz da oposição Aliança Vermelha e Verde, classificou o incidente como "terrível e completamente inaceitável". Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu nas eleições da União Europeia, enviou votos de "força e coragem" a Frederiksen.
"Condeno este ato desprezível que vai contra tudo o que acreditamos e pelo que lutamos na Europa", declarou von der Leyen.
O incidente em Copenhague ressalta a necessidade contínua de garantir a segurança das figuras públicas e a estabilidade política na Europa. A comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos desse caso, que já provocou uma onda de condenações e mensagens de apoio à primeira-ministra dinamarquesa.

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