247 - O Banco Central da República <a href="https://www.brasil247.com/search?term=argentina">Argentina </a>(BCRA) anunciou nesta quinta-feira (10) a renovação integral de US$ 5 bilhões do acordo de swap cambial com o Banco Popular da China (PBOC) por mais 12 meses, mantendo o montante disponível até meados de 2026. A informação foi divulgada pelo jornal argentino Página 12.&nbsp;
A renovação ocorre em um momento crítico para a Argentina, que enfrenta reservas internacionais em níveis baixos e negocia um novo programa de crédito de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O acordo com a China permite ao BCRA acessar recursos em yuanes, aliviando a pressão sobre o peso argentino e facilitando o comércio bilateral.​
O ministro da Economia, Luis Caputo, celebrou a renovação em sua conta na rede social X, destacando a importância da medida para a estabilidade econômica do país.​
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">IMPORTANTE! El BCRA y el PBOC renuevan el total del tramo activado del swap por otros 12 meses. El Banco Central de la República Popular de China (PBOC) y el Banco Central de la República Argentina (BCRA) acordaron renovar el total del tramo activado del acuerdo bilateral de…&mdash; totocaputo (@LuisCaputoAR) <a href="https://twitter.com/LuisCaputoAR/status/1910385271218331714?ref_src=twsrc%5Etfw">April 10, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
A decisão argentina desafia pressões dos Estados Unidos, que têm criticado o swap cambial com a China. O enviado especial dos EUA para a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Am%C3%A9rica+Latina">América Latina</a>, Mauricio Claver-Carone, classificou o acordo como "extorsivo" e defendeu seu encerramento. Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que o swap tem desempenhado um papel importante na estabilização da economia argentina e é bem recebido no país.​
A renovação do acordo ocorre às vésperas da visita do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a Buenos Aires, e da votação do FMI sobre o novo programa de crédito para a Argentina. A manutenção do swap com a China destaca a complexidade das relações internacionais da Argentina, que busca equilibrar suas necessidades econômicas com as pressões políticas de seus principais parceiros.​

Luis Mauro Filho

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Mundo

Acordo com China garante fôlego às reservas argentinas em meio a críticas dos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista interrompeu nesta segunda-feira uma sequência de cinco sessões de altas, fechando em baixa ante o real, ainda que acima dos 5,60 reais, em um dia de novo leilão extra do Banco Central de swap cambial e liquidez reduzida em função do feriado nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,34%, cotada a 5,6172 reais. No ano, a divisa acumula alta de 15,78%.
Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,21%, a 5,6355 reais na venda.
O feriado do Labor Day (Dia do Trabalho) nos EUA manteve o mercado norte-americano fechado, o que reduziu a liquidez nos negócios com moedas em todo o mundo.
Já na primeira hora da sessão o Banco Central promoveu leilão extra de swap cambial tradicional, em um total de 14.700 contratos (735 milhões de dólares), em operação que havia sido anunciada na noite de sexta-feira.
O leilão de swap tem efeito equivalente à venda de dólar no mercado futuro -- o mais líquido no Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista. O BC vendeu o total ofertado, o que deu certo alívio para as cotações naquele momento.
Esta foi a terceira operação extra, com injeção de recursos novos no sistema, realizada desde sexta-feira pelo BC, e a quarta intervenção desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar do leilão, o dólar voltou a ganhar força posteriormente ante o real, enquanto a moeda norte-americana tinha sinais mistos ante as demais divisas no exterior.
Às 11h22 o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 5,6609 reais (+0,44%), mas depois disso a divisa retornou o território negativo. Às 14h34, marcou a mínima de 5,6044 reais (-0,57%).
“Estamos sem mercados em Nova York. Sem essa principal referência, a oscilação local (do dólar) fica mais sujeita a movimentos pontuais”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, citando ainda um movimento de realização de lucros por parte de alguns agentes quando a moeda se distanciou dos 5,60 reais.
Apesar do alívio no dia, a moeda norte-americana seguiu acima dos 5,60 reais, com o mercado à espera de novas pistas sobre o futuro dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, a curva a termo brasileira seguiu precificando chances majoritárias de o Banco Central elevar a taxa básica Selic em 25 pontos-base este mês -- algo que pode aumentar o diferencial de juros brasileiro e atrair mais investimentos, com impactos no câmbio. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano.
Pela manhã, além do swap extra, o BC vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.

Economia

Dólar interrompe série e cai ante o real em dia de novo leilão extra de swaps

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