<p><b>247 -</b> As plataformas de apostas online e cassinos virtuais, conhecidas como <i>bets</i>, tornaram-se um fenômeno no Brasil. Ao mesmo tempo, seu crescimento exponencial tem gerado preocupação com o endividamento de milhões de brasileiros. Segundo a revista <i>Piauí</i>, celebridades como Cauã Reymond, Carlinhos Maia e Virginia Fonseca estão entre os principais nomes que emprestam suas imagens para promover essas plataformas.</p>
<p>Dados recentes apontam que, entre janeiro e agosto de 2024, 24 milhões de brasileiros gastaram quase R$ 21 bilhões por mês em apostas. Em 2022, o país liderou o ranking mundial em número de apostas, com 113,9 milhões de transações. As apostas populares, como o "aviãozinho" (Aviator) e o "jogo do tigrinho" (Fortune Tiger), são amplamente associadas a perdas financeiras para os jogadores.</p>
<h3>Celebridades e seus ganhos milionários</h3>
<p>Entre os rostos mais conhecidos que promovem as casas de apostas está o ator Cauã Reymond. De acordo com a <i>Piauí</i>, ele é garoto-propaganda da BeuBet desde maio de 2024, recebendo R$ 22 milhões anuais pelo contrato. Embora seja amplamente criticado nas redes sociais, o ator não quis se pronunciar quando procurado pela <i>Piauí</i> e pela coluna de Fábia Oliveira. Nas redes, internautas expressaram surpresa e desaprovação: “Cauã Reymond nessa pataquada?! Porque esses outros não se espera muita coisa”, comentou um usuário. “Anunciar bet é uma completa falta de amor com o próximo e consideração com os próprios seguidores”, criticou outro.</p>
<p>Já o humorista e influenciador Carlinhos Maia, com 34 milhões de seguidores no Instagram, é um dos mais bem pagos do segmento. Segundo a mesma publicação, ele fatura impressionantes R$ 40 milhões anuais com a Blaze. Irritado com as críticas, Carlinhos respondeu: “Se eu disser ‘Pule do penhasco’, você vai pular? Não”.</p>
<p>O jogador Neymar Jr., que tem 227 milhões de seguidores, também está entre os principais rostos da Blaze. O contrato do astro do futebol com a plataforma é estimado em R$ 100 milhões anuais.</p>
<p>A influenciadora Virginia Fonseca, por sua vez, é outra celebridade envolvida. Desde 2023, ela mantém um contrato com a Blaze, que lhe rende R$ 29 milhões por ano. Antes disso, Virginia promovia a Esporte da Sorte em um esquema que previa ganhos proporcionais às perdas dos apostadores. Por cada R$ 100 perdidos pelos usuários que acessavam a plataforma por meio de seu link, ela faturava R$ 30. Em 2022, Virginia recebeu um adiantamento de R$ 50 milhões ao fechar contrato com a plataforma.</p>
<h3>O impacto social das bets</h3>
<p>O rápido crescimento das apostas online tem levantado questões sobre seu impacto na economia e na vida das pessoas. Enquanto celebridades faturam milhões, muitos brasileiros acumulam dívidas e enfrentam dificuldades financeiras. Especialistas destacam que as plataformas são projetadas para garantir lucros às empresas, e não aos apostadores.</p>
<p>bCom o aumento da popularidade das bets e a participação de figuras influentes, surge também a discussão sobre responsabilidade social. As críticas direcionadas às celebridades refletem um incômodo crescente com a promoção de um setor que, para muitos, alimenta o endividamento e o desespero.</p>
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Redação Brasil 247

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Brasil

O impacto das casas de apostas: famosos lucram milhões enquanto brasileiros enfrentam endividamento

<p><b>247</b> <b>- </b>A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades em sites de apostas aprovou nesta terça-feira (3) a convocação da influencer Virgínia Fonseca e do ex-BBB Felipe Prior para prestar depoimentos, informa o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/12/03/cpi-das-bets-convoca-influencer-virginia-fonseca-e-ex-bbb-felipe-prior-para-prestar-depoimento.ghtml">G1</a>. Ambos foram convocados como testemunha, com a obrigação de dizer a verdade, e são obrigados a comparecer à comissão.</p>
<p>Segundo a relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MT), a convocação de Virgínia se justifica pela “expressiva popularidade e relevância no mercado digital” e pelo envolvimento em campanhas de marketing para casas de apostas. Ela conta com mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais.</p>
<p>“Nos últimos anos, a influenciadora esteve envolvida em campanhas de marketing para casas de apostas, utilizando sua ampla base de seguidores para divulgar essas atividades. Dado o impacto de sua comunicação no comportamento de consumidores, torna-se fundamental compreender o alcance e as responsabilidades éticas associadas a tais ações, especialmente em um segmento com potenciais implicações sociais, como o de apostas online”, afirma a relatora.</p>
<p>Já o requerimento da convocação de Felipe Prior foi feito pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). Lucas afirma que a convocação de Prior se dá por conta de reportagens que revelaram cláusulas do contrato do ex-BBB com uma empresa de apostas. “O arquiteto está usando sua visibilidade nas redes sociais para ganhar milhões de reais em jogos de azar, mas ao custo de um crescente prejuízo para muitos de seus seguidores. O contrato dele com a Betsat é bem direto: ele recebia 15% da receita perdida pelos novos apostadores”, disse.</p>
<p>Além de Virgínia e Prior, a CPI já convocou os cantores Gusttavo Lima, Wesley Safadão e Jojo Todynho, e os influenciadores Deolane Bezerra, GKay e Felipe Neto e do humorista Tirulipa. Os depoimentos ainda serão agendados.&nbsp;</p>

Brasília

CPI das Bets convoca depoimentos de Virgínia Fonseca e Felipe Prior

<p><b>247 – </b>A utilização do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) por influenciadores digitais e empresas de diferentes setores, incluindo os que prosperaram durante a pandemia, levantou debates sobre a abrangência e a eficiência do benefício. Dados <u>divulgados pela </u><u><i>Folha de S.Paulo</i></u> mostram que nomes como Felipe Neto e Virgínia Fonseca estão entre os maiores beneficiados, acumulando, respectivamente, R$ 14,3 milhões e R$ 7,2 milhões em renúncias tributárias em 2024.</p>
<p>O Perse foi criado em 2021 para socorrer empresas do setor de eventos, fortemente impactadas pelas restrições sanitárias. No entanto, a flexibilidade na classificação de atividades elegíveis permitiu que influenciadores e negócios digitais, em setores que cresceram durante a pandemia, fossem contemplados. Felipe Neto, por exemplo, utilizou sua empresa, Play9, para acessar o benefício, enquanto Virgínia Fonseca recorreu às empresas Virginia Influencer e Talismã Digital.</p>
<h3><b>Benefícios e controvérsias</b></h3>
<p>A Play9 justificou sua adesão ao programa com base em perdas enfrentadas na área de produção audiovisual e na necessidade de adequações para eventos virtuais durante o isolamento social. Em nota, a empresa afirmou que "tivemos perdas na área de produção audiovisual, com vários trabalhos cancelados, e fomos obrigados a realocar receitas de outras áreas para manter a empresa". Apesar disso, a companhia foi excluída do Perse em maio de 2024, após a redução no número de atividades elegíveis.</p>
<p>A influenciadora Virgínia Fonseca também destacou a legalidade de sua inclusão no programa. "Nossas empresas se enquadram em cinco das 30 categorias hoje estabelecidas pelo governo para receber o benefício", afirmou sua equipe jurídica. Outros nomes de destaque, como Rodrigo Faro, Giovanna Ewbank e Whindersson Nunes, também foram listados entre os beneficiados, mas não responderam aos questionamentos da reportagem.</p>
<p>Para a tributarista Maria Carolina Gontijo, a questão não é a legalidade, mas a amplitude do programa. "Era algo para o setor de eventos, que realmente passou maus bocados na pandemia, mas aí foram incluídos o pessoal de publicidade, marketing, qualquer coisa. Isso levou os negócios digitais para dentro do Perse", afirmou à <i>Folha de S.Paulo</i>. Segundo Gontijo, o crescimento da receita global de influenciadores durante a pandemia evidencia uma possível incoerência na aplicação do benefício.</p>

Mídia

Influenciadores digitais obtiveram R$ 30 milhões em renúncias fiscais com o Perse, programa emergencial criado na pandemia

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