Apesar das sanções, o projeto emancipatório do chavismo triunfou na Venezuela, diz analista político

247 - Após a conclusão das eleições presidenciais na Venezuela, Nicolás Maduro foi reeleito com 5.150.092 votos, o que representa 51,2% dos sufrágios válidos emitidos. Este triunfo, em uma jornada que coincidiu com o aniversário de 70 anos do nascimento do comandante Hugo Chávez, foi valorizado como uma significativa vitória do chavismo pelo comunicador e analista político Ignacio Ramonet, segundo a Telesur.

Ramonet destacou que a vitória de Maduro ocorreu em um contexto extremamente complicado, marcado pelas 930 medidas restritivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e pela Europa. Essas sanções, projetadas para enfraquecer a Venezuela através da fome e privações, tiveram severas consequências na vida do povo venezuelano.

De acordo com o analista, o que ocorreu neste domingo (28) representa uma grande vitória para o povo chavista e um triunfo geopolítico muito importante. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades impostas pela guerra econômica, o povo venezuelano votou a favor de Maduro, que nos últimos dois anos liderou os esforços nacionais para reconstruir a economia.

Ramonet considera que este terceiro triunfo eleitoral de Maduro permitirá a continuidade da reconstrução do país nos próximos seis anos, proporcionando um ambiente de tranquilidade e serenidade. Além disso, permitirá a implementação do projeto eleitoral do Plano da Pátria e das 7T.

O analista enfatizou que a diferença de quase oito pontos percentuais entre Maduro e o candidato da Plataforma Unitaria Democrática é significativa. Maduro conseguiu mais da metade dos votos em uma eleição com outros nove candidatos, o que demonstra um apoio popular extremamente importante ao projeto chavista.

Ramonet também afirmou que esta vitória é geopolítica, pois Maduro faz parte dos líderes que estão construindo um novo mundo, livre das imposições dos Estados Unidos e seus aliados. Ele destacou que este triunfo representa a soberania e o projeto latino-americano, consolidando a Venezuela como um polo fundamental do pensamento latino-americano e da aliança com outros Estados para construir um mundo diferente, o Sul Global, em conjunto com o grupo BRICS.