Após São Paulo, Chile tem 'apagões da Enel' e protestos contra distribuidora (vídeo)
Autoridades chilenas iniciaram o processo de caducidade da concessão da empresa italiana
247 - Uma onda de protestos tomou conta da região centro-sul do Chile nesta semana, após milhares de residências ficarem no escuro por dias devido a chuvas intensas e fortes rajadas de vento. A situação crítica gerou revolta entre a população, que foi às ruas para manifestar sua insatisfação com a concessionária italiana Enel, responsável pelo fornecimento de energia na região.
Em Santiago, os protestos começaram a ganhar força, com manifestantes tomando as ruas em diversos bairros da capital chilena. Os protestos, que incluíram barricadas, foram uma tentativa dos moradores de chamar a atenção para a falta de resposta da empresa italiana. A situação deixou mais de 300 mil clientes sem energia em todo o país ao longo desta semana, dos quais 93 mil estavam na Região Metropolitana de Santiago e 20 mil em Lampa.
Diante da crescente insatisfação popular, o presidente chileno, Gabriel Boric, se pronunciou. Em uma coletiva de imprensa no Palácio de La Moneda, Boric criticou duramente a atuação da Enel e de outras empresas de energia, anunciando que o governo está revisando a concessão da empresa italiana. "A grave inoperância das distribuidoras de energia, que mantiveram milhares de lares sem eletricidade por dias, é inaceitável. Como governo, sempre colocamos as pessoas em primeiro lugar, e por isso pedi ao ministro de Energia, Diego Pardow, que não apenas avance nas sanções já em curso, mas também revise a concessão da empresa Enel", afirmou o presidente.
Segundo informou o ministro de Energia, Diego Pardow, a Enel tinha até as 23:59 de quinta-feira para restabelecer o fornecimento de energia a 20 mil clientes na Região Metropolitana, o que não aconteceu.
Os recentes apagões no Chile e os consequentes protestos ecoam uma situação semelhante ocorrida em São Paulo, em março deste ano, quando a Enel também enfrentou críticas severas e represálias do governo do presidente Lula devido aos apagões em série que deixaram a população no escuro e geraram protestos. Com o agravamento da situação no Chile e a crescente pressão popular, as autoridades chilenas já estão considerando medidas drásticas, incluindo a possível expulsão da empresa do país.
(Com informações da Sputnik).
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