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Banco Mundial projeta recessão brutal na Argentina de Milei, com queda de 3,5% do PIB em 2024

No início do ano, a previsão era de um crescimento de 2,7%, mas Javier Milei piorou todas as expectativas

Javier Milei no Muro das Lamentações (Foto: Ministério de Relações Exteriores da Argentina)

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Da C5N – O Banco Mundial divulgou seu mais recente Relatório de Perspectivas Globais, no qual piorou significativamente sua previsão para a economia argentina. De acordo com a nova estimativa, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina deve registrar uma queda de 3,5% em 2024, tornando-se a economia com a maior contração na América Latina neste ano. Em janeiro, a instituição havia previsto um crescimento de 2,7% para o país, mas em abril, revisou a projeção para uma queda de 2,8%, que agora foi ainda mais aprofundada.

Segundo o relatório, "as previsões de crescimento para 2024 foram revisadas para baixo desde janeiro, principalmente devido a uma redução acentuada para a Argentina, que agora deve se contrair neste ano antes de retomar o crescimento no próximo ano". A expectativa é que a economia argentina registre uma queda de 3,5% em 2024, com um subsequente crescimento de 5% em 2025.

Inflação em Alta

O Banco Mundial também destacou que a inflação na Argentina deve continuar alta em 2024. "A inflação geral e subjacente têm diminuído em toda a região, embora em um ritmo mais lento. A exceção entre os principais países da América Latina é a Argentina, que viu um aumento significativo na inflação mensal no início de 2024, mas agora mostra sinais de moderação tanto na inflação quanto nas expectativas inflacionárias", apontou a instituição.

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A entidade, liderada por Ajay Banga, enfatizou que o governo de Javier Milei está enfrentando desafios econômicos significativos com uma nova abordagem política, focada na consolidação fiscal e no reajuste dos preços relativos, incluindo o câmbio. Com isso, a expectativa é que a inflação permaneça elevada este ano, mas diminuindo rapidamente.

Desaceleração do PIB na América Latina

Para a região da América Latina e Caribe, a previsão de crescimento foi reduzida em 0,5%, situando-se agora em 1,8%. Um dos principais motivos para essa redução é a "deterioração das perspectivas de curto prazo para a Argentina". No entanto, o Banco Mundial esclareceu que esta situação se deve às "medidas fiscais e monetárias necessárias para lidar com os desequilíbrios crônicos" e estima que a contração será temporária.

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Segundo o banco, a atividade econômica deverá se fortalecer em 2025, à medida que os desequilíbrios macroeconômicos forem corrigidos, as distorções de mercado eliminadas e a inflação controlada, resultando em uma recuperação de 5% no PIB.

Perspectivas Regionais

Além da Argentina, outro país da região que enfrenta previsão de recessão é o Haiti, com uma contração esperada de 1,8%. Por outro lado, Paraguai (+3,8%), Uruguai (+3,2%) e Peru (+2,9%) aparecem com as melhores perspectivas de crescimento. Para os maiores países da região, Brasil e México, as previsões são de crescimento de 2% e 2,3%, respectivamente.

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