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    Bolívia convoca embaixador argentino por declarações sobre tentativa de golpe fracassada

    Chanceler interina da Bolívia, María Nela Prada, também telefonou para o seu embaixador na Argentina, Ramiro Tapia, para consultas

    Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024. (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

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    Sputnik - A Bolívia convocou o embaixador argentino em La Paz, Marcelo Adrián Massoni, para expressar repúdio pelas reivindicações do governo da Argentina sobre a tentativa de golpe de Estado fracassada no país na semana passada, o que Buenos Aires definiu como "denúncia falsa".

    "Informamos ao povo boliviano e à comunidade internacional que foi decidido, como governo do Estado Plurinacional da Bolívia, convocar o embaixador da República Argentina para expressar nosso forte repúdio às declarações feitas pelo gabinete do Presidente da República Argentina República, Javier Milei", afirmou a chanceler interina, María Nela Prada, em conferência de imprensa.

    Prada acrescentou que também telefonou para o seu embaixador na Argentina, Ramiro Tapia, para consultas.

    O ex-presidente Evo Morales afirmou no último domingo (30) que as declarações do governo de Luis Arce sobre uma tentativa de golpe militar na última semana são falsas e solicitou uma investigação independente dos detalhes do incidente. Antigos aliados, Arce e Morales se tornaram adversários ferrenhos.

    Na última quarta-feira (26), militares bolivianos liderados pelo general Juan José Suniga bloquearam a Praça Murillo, onde ficam os prédios do governo em La Paz, com veículos blindados e ainda exigiram a restauração da democracia, a libertação de presos políticos e a nomeação de um novo governo.

    Após derrubarem a porta do palácio presidencial com um veículo blindado, o presidente Luis Arce se encontrou com Suniga e ordenou que os soldados se retirassem. Em resposta à desobediência, o presidente nomeou uma nova liderança militar, que ordenou aos rebeldes que deixassem a praça na capital.

    O presidente da Bolívia respondeu a Morales e pediu que o adversário não cometesse erros de julgamento e aceitasse os fatos.

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