General responsável por tentativa de golpe na Bolívia pode enfrentar 20 anos de prisão, diz ministro da Justiça
Procuradoria-Geral da Bolívia acusou o general Zuniga de terrorismo. Ele foi detido por conta da tentativa de golpe de Estado
(Sputnik) - O ex-comandante-chefe boliviano, general Juan Jose Zuniga, que liderou uma tentativa de golpe no país, pode enfrentar até 20 anos de prisão por crimes contra a democracia, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Justiça boliviano, Ivan Lima Magne.
Na quarta-feira, a mídia local reportou a presença de militares na Praça Murillo, a praça central da capital boliviana, La Paz, onde estão localizados os edifícios governamentais. O presidente boliviano, Luis Arce, pediu respeito à democracia e descreveu os eventos em La Paz como uma tentativa de golpe. O presidente boliviano também empossou os novos chefes do exército, força aérea e marinha em meio à tentativa de golpe por Zuniga. O general foi detido no final do dia após o Ministério Público boliviano iniciar investigações criminais contra ele e outros participantes da tentativa de golpe.
"Um processo criminal foi aberto pelos crimes previstos nos artigos 121, 127 e 128 do código penal. Buscaremos a pena máxima possível de prisão para Juan Jose Zuniga por esses crimes, que variam entre 15 e 20 anos de prisão por crimes contra a democracia e a constituição do país," disse Magne nas redes sociais.
O ministro também expressou sua gratidão a todos os líderes estrangeiros que apoiaram o presidente boliviano.
Mais cedo, a Procuradoria-Geral da Bolívia acusou Zuniga de terrorismo e levante armado, de acordo com um mandado de prisão contra o general. "Em consideração ao caso... contra Juan José Zuniga... pelos supostos crimes de terrorismo e rebelião armada contra a segurança e a soberania do Estado... um mandado de prisão foi emitido", diz o documento.
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