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    Celso Amorim: Brasil "cumpre o ritual diplomático" com participação de embaixadora na posse de Maduro

    Decisão de manter Glivânia Oliveira no evento busca equilibrar críticas à alegada falta de transparência eleitoral com a manutenção do diálogo com o país

    Celso Amorim (Foto: Agência Brasil )
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 - O Brasil confirmou a participação da embaixadora Glivânia Oliveira na cerimônia de posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (10). A decisão foi confirmada pelo assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, em entrevista à CNN Brasil. Amorim afirmou que o país “cumpre o ritual diplomático de relação entre Estados” com a decisão.

    A presença da embaixadora chegou a ser reavaliada após a suposta detenção da líder opositora María Corina Machado durante um ato em Caracas, na véspera da posse. A notícia da prisão gerou preocupação sobre o ambiente político venezuelano e levantou questionamentos dentro da diplomacia brasileira. Fontes diplomáticas destacaram que a situação ainda estava "mal contada" e que poderia ser uma estratégia da oposição para chamar a atenção dos Estados Unidos, às vésperas da posse de Donald Trump. O governo Maduro negou a detenção da opositora.

    Optando por um posicionamento pragmático, o governo brasileiro decidiu não enviar representantes de hierarquia superior à embaixadora, como o chanceler Mauro Vieira ou o próprio Celso Amorim, que tradicionalmente participariam de eventos dessa magnitude.

    O Itamaraty tem adotado uma postura cuidadosa para preservar as relações diplomáticas com a Venezuela, evitando rupturas que possam prejudicar a cooperação regional. Embora o governo brasileiro não tenha reconhecido oficialmente a reeleição de Maduro, devido à alegada ausência de transparência nas atas eleitorais, a manutenção de canais diplomáticos é considerada estratégica.

    A Venezuela é um dos principais vizinhos do Brasil, com relevância territorial, populacional e fronteiriça. Dessa forma, o governo brasileiro busca equilibrar as críticas à gestão de Maduro com a necessidade de manter relações diplomáticas estáveis, essenciais para a segurança e o desenvolvimento regional.

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