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    Central sindical argentina confirma greve geral contra Milei para 10 de abril

    O porta-voz do governo, Manuel Adorni, atacou a greve em suas redes sociais

    CGT (Foto: Victoria Gesualdi/Telam)
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    C5N - A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, anunciou que realizará uma greve geral de 24 horas no dia 10 de abril, em protesto contra as medidas do governo de Javier Milei. Além disso, no dia anterior, 9 de abril, ocorrerão mobilizações em todo o país.

    A decisão marca a terceira greve geral durante o governo Milei, após as paralisações de 24 de janeiro de 2024 e 9 de maio de 2025. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da CGT, Héctor Daer, durante uma coletiva de imprensa.

    “Será uma ação sindical de 36 horas, começando com mobilizações no dia 9 de abril ao meio-dia, seguidas por uma greve geral de 24 horas a partir da meia-noite do dia 10”, declarou Daer. O sindicalista também afirmou que, na sexta-feira, dia 11 de abril, será realizada uma conferência com organizações de direitos humanos.

    A CGT também manifestou repúdio à violência policial contra Pablo Grillo, que segue internado após ser brutalmente agredido pelas forças de segurança nos arredores do Congresso argentino. “Acompanharemos sua família neste momento difícil”, disse Daer.

    Além da greve, a CGT planeja outras mobilizações, incluindo a participação na Marcha pela Memória, Verdade e Justiça no dia 24 de março. Já no 27 de março, está prevista uma reunião com todas as regionais do país, e no 1º de maio, a CGT pretende realizar um grande ato em comemoração ao Dia do Trabalhador.

    Durante a coletiva, Daer listou as principais demandas da CGT ao governo La Libertad Avanza:

    • Negociações salariais livres e homologadas;
    • Aumento emergencial para aposentados;
    • Apoio ao debate no Congresso sobre a atualização do bônus de 70 mil pesos para aposentados;
    • Repúdio à repressão policial;
    • Revisão das regras sobre benefícios familiares;
    • Criação de um programa para defender a indústria e o setor produtivo argentino.

    “Não podemos permitir que a Argentina continue sofrendo com a abertura indiscriminada do mercado e os efeitos das políticas macroeconômicas do governo”, declarou Daer.

    O líder sindical também criticou a paralisação das obras públicas promovida por Milei: “Há projetos que já estão 80% ou 90% concluídos e foram interrompidos por decisão política. Isso causa mais prejuízos do que permitir sua conclusão”, afirmou, ressaltando que muitas dessas obras incluem moradias para trabalhadores e setores mais vulneráveis.

    Governo Milei reage e ataca CGT

    O porta-voz do governo, Manuel Adorni, atacou a greve em suas redes sociais, afirmando que “o passado que ninguém quer anunciou uma greve que ninguém quer. Fim”.

    Durante uma coletiva na Casa Rosada, Adorni disse que a CGT “está apenas defendendo interesses próprios” e destacou que o governo Milei foi o que mais rapidamente enfrentou uma greve geral.

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