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Cuba condena manobras da OEA sobre a Venezuela e apoia Maduro

A OEA não tem direito de interferir nos assuntos internos da Venezuela, afirma o governo cubano

OEA

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Prensa Latina - O governo de Cuba rejeitou nesta quarta-feira (31) as manobras da Organização dos Estados Americanos (OEA) destinadas a desconhecer a vitória eleitoral de Nicolás Maduro na Venezuela e promover a violência nessa nação sul-americana.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) denuncia a cumplicidade de atores internacionais com setores da oposição interna para desconhecer os resultados oficiais do processo eleitoral do último domingo.

Essa atuação estimula “irresponsavelmente o retorno à etapa do uso da violência e da desestabilização para propiciar um golpe contra os poderes do Estado que derrube o governo legítimo da República Bolivariana da Venezuela”, afirma a nota do Minrex.

Com esse propósito, o Conselho Permanente da OEA se reuniu para analisar as eleições presidenciais da Venezuela, quando essa organização carece de autoridade moral ou legal para resolver questões que dizem respeito apenas aos venezuelanos.

A chancelaria cubana não encontra fundamento em tal reunião do bloco regional, tendo em vista o “longo histórico da OEA a serviço do imperialismo estadunidense, de intromissão nos assuntos internos de Estados soberanos em nossa região, do apoio e promoção de golpes de Estado, ditaduras militares, repressão e tortura exercidas por governos plenamente apoiados pelos Estados Unidos”.

Também qualificou de “duplo padrão com um claro viés ideológico do desacreditado Secretário-Geral (Luis Almagro), que esteve ativamente envolvido nos atos de violência na Venezuela em 2019” e apoiou então o autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó.

A OEA tentou impor em seu Conselho Permanente, em Washington, uma resolução que instava a autoridade eleitoral venezuelana a recontar os votos exercidos no domingo, 28 de julho, com a observação de organizações internacionais, demanda que não é feita a nenhum país”, destaca a declaração.

Tal demanda foi considerada pelo Minrex “insólita e sem apego ao ordenamento interno da República Bolivariana da Venezuela nem de outra nação”, o que recebeu uma resposta digna de um grupo de países que “impediu a aprovação do documento intervencionista”, afirma.

A chancelaria cubana alerta que um conflito na Venezuela teria consequências imprevisíveis muito negativas para toda a região, declarada por meio de uma proclamação como Zona de Paz em 2014.

Em 14 de julho de 2017, o General de Exército Raúl Castro advertiu: “quem pretende derrubar por vias inconstitucionais, violentas e golpistas a Revolução Bolivariana e Chavista assumirá uma séria responsabilidade perante a história”, lembra o documento.

Reconhece, também, que no último domingo os venezuelanos expressaram sua vontade de que “o companheiro Nicolás Maduro continue sendo seu Presidente e decidiram a favor da defesa da paz, da independência e da autodeterminação de sua Pátria”.

O documento detalha o apoio popular ao projeto revolucionário fundado por Hugo Chávez (1999-2013), frente ao assédio imperialista, a intromissão externa, a manipulação midiática e política, e a investida oportunista das oligarquias e seus representantes.

Afirma o Minrex que, sob a liderança do Presidente Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela e seus partidos aliados, o povo venezuelano decidiu manter seu apoio majoritário à Revolução Bolivariana, diante das ameaças e da agressão externa.

Reitera, ainda, o apoio e a solidariedade da ilha com o Governo bolivariano, com Maduro à frente, e a união cívico-militar do heroico povo venezuelano.

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