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    Diálogos da Vaza Jato podem afetar julgamento de Ollanta Humala no Peru

    O ex-presidente peruano deve prestar novo depoimento nesta terça-feira

    Ex-presidente do Peru Ollanta Humala (Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo)

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    247 – O julgamento do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, acusado de ter recebido recursos de caixa dois durante as campanhas presidenciais de 2006 e 2011, pode sofrer uma reviravolta devido a diálogos entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Humala deve prestar novo depoimento nesta terça-feira (12).

    Parte dos recursos do caixa dois teriam sido supostamente originados de uma conta bancária abastecida pela Odebrecht e administrada por Antonio Palocci. No entanto, em uma carta recente, o ex-ministro da Fazenda negou que tenha solicitado qualquer tipo de contribuição financeira, seja para Humala, seja para a campanha do peruano.

    O documento foi levado ao Peru por membros do grupo Prerrogativas, composto por advogados críticos ao trabalho de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Para o grupo, as irregularidades que levaram à anulação dos processos no Brasil refletiram na condução das investigações em Lima. Além disso, diálogos entre procuradores da operação Lava Jato, que fazem parte do acervo da Operação Spoofing (e também da Vaza Jato), reforçariam a mesma percepção.

    Um desses diálogos ocorreu entre Deltan Dallagnol e Vladimir Aras, então responsável pela cooperação internacional na Procuradoria-Geral da República.

    “Não usaria para prova em denúncia, regra geral. Vamos usar para cautelar”, escreveu Deltan, ao que Aras responde: “Não dá para esperar chegar [pelo canal oficial]? Prudente como uma pomba; esperto como uma serpente”.

    De acordo com a CartaCapital, Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, afirmou que a expectativa em relação ao impacto da Vaza Jato no julgamento de Humala é que a denúncia seja rejeitada. 

    “Assim como no Brasil, uma das estratégias da força-tarefa é a desconstrução da imagem pública de determinados alvos”, afirma. “Espera-se que essa denúncia seja simplesmente considerada inepta.”

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