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    Grupo Prerrogativas leva documentos ao Peru para comparar “excessos da Lava Jato”

    Conjunto de papéis inclui declaração do ex-ministro Antonio Palocci, que nega ter pedido dinheiro à Odebrecht para campanha de Ollanta Humala

    Marco Aurélio de Carvalho (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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    247 - O Grupo Prerrogativas iniciou uma missão ao Peru com o objetivo de estabelecer um paralelo entre as investigações realizadas naquele país e as que ocorreram no Brasil. O conjunto de documentos levado pela comitiva busca questionar as alegações que envolvem figuras públicas e empresas no contexto das investigações da Lava Jato.

    Um dos documentos mais relevantes da viagem inclui uma declaração recente do ex-ministro Antonio Palocci, que refuta a versão divulgada pela Lava Jato de que ele teria solicitado à empreiteira Odebrecht dinheiro para abastecer a campanha eleitoral do ex-presidente peruano Ollanta Humala. Em sua declaração, assinada no último dia 28 de outubro, Palocci contesta diretamente essa informação e reafirma sua versão dos fatos.

    A jornalista Mônica Bergamo foi a primeira a divulgar o conteúdo da declaração, que foi também obtido pela CNN. O documento, que foi compartilhado com jornalistas e advogados peruanos, foi entregue pela comitiva brasileira liderada por Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas. Carvalho estava acompanhado dos ex-ministros José Eduardo Cardozo e dos advogados Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay) e Gustavo Badaró.

    Em um dos momentos da entrega do material, Carvalho comentou sobre as semelhanças entre as investigações no Brasil e no Peru. “O que nós vemos é a mesma coisa que ocorreu aqui no Brasil. Temos uma espécie de Vaza-Jato peruana”, afirmou, referindo-se à série de vazamentos e supostos abusos que marcaram as investigações no Brasil. A declaração de Carvalho sugere que, assim como no Brasil, o Peru também estaria vivenciando um episódio de ações questionáveis no âmbito judicial, o que abre um novo capítulo nas discussões sobre a imparcialidade das operações de combate à corrupção.

    O envio desses documentos e a entrega das declarações aos profissionais peruanos têm como objetivo, segundo os integrantes do Prerrogativas, trazer à tona aspectos da Lava Jato que foram manipulados para fins políticos. A visita do grupo se dá no momento em que o Peru atravessa um período conturbado de investigações e questões jurídicas envolvendo antigos líderes políticos e empresários.

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