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    Dirigente do PSUV: coalizão de Maduro entregou à Justiça todos os documentos solicitados e oposição deve fazer o mesmo

    Diosdado Cabello também afirmou que “na Venezuela não se mostram atas, mas resultados"

    Diosdado Cabello, vice-presidente do PSUV (Foto: Prensa Latina )

    247 - O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, assegurou nesta sexta-feira (9) que a coalizão pró-Nicolás Maduro entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país todos os documentos solicitados para cumprir o devido processo de investigação sobre as eleições presidenciais de 28 de julho. 

    Os venezuelanos votaram nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor com mais de 51% dos votos. A oposição reivindicou uma vitória esmagadora, citando os editais obtidos nos centros de votação em todo o país. O TSJ tenta agora resolver o impasse, mas a oposição se recusa a entregar os dados que possui. 

    O Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Maduro, disse na segunda-feira (5) que havia disponibilizado as atas eleitorais à Justiça, e a Corte aceitou um pedido de Maduro para que analisasse o resultado anunciado pelo poder eleitoral. O TSJ tem um prazo de 15 dias, que pode ser prorrogado. As atas eleitorais em posse dos partidos que apoiam o governo da Venezuela foram entregues, enquanto Maduro foi recebido calorosamente pelo povo na entrada da audiência, segundo os relatos da mídia venezuelana

    “A oposição não publicou as atas, eles colocaram em uma página fraudulenta alguns documentos que eles dizem ser atas”, disse Cabello ao fazer referência aos resultados eleitorais. Ao mesmo tempo, afirmou que “na Venezuela não se mostram atas, mas resultados”.

    “Desafio qualquer um a dizer se aqui na Venezuela são publicadas atas, aqui são dados resultados. Se eu tenho algum problema com um resultado, mostro minha ata para comprovar”, disse o dirigente

    Além disso, apontou que a dirigente do Vente Venezuela, María Corina Machado, “não está em condições de negociar nada” e afirmou que “aqui há um resultado dado pelo CNE e acatado pelos venezuelanos”.

    Diante da ausência das atas desagregadas de votação, por parte do CNE, e dos dados que supostamente demonstram vitória da oposição venezuelana, o governo brasileiro declarou que considera que ainda não é possível reconhecer um lado vencedor nas eleições. 

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