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    Edmundo González desafia Maduro e confirma ida à posse na Venezuela, mesmo sob risco de prisão

    Opositor enfrenta mandado de prisão e recompensa de US$ 100 mil enquanto planeja retorno a Caracas para "tomar posse"

    Edmundo Gonzalez em Madri, Espanha - 10/12/24 (Foto: REUTERS/Juan Medina)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Edmundo González, principal líder da oposição na Venezuela, reafirmou neste sábado (4) sua decisão de retornar ao país para tomar posse como presidente em 10 de janeiro. Mesmo com um mandado de prisão ativo e uma recompensa de US$ 100 mil oferecida pela polícia venezuelana por informações sobre seu paradeiro, González se mantém firme em seus planos. A declaração foi feita em Buenos Aires, durante um encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei, segundo o Metrópoles.

    “Minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos para servir como presidente”, afirmou González. No entanto, o opositor evitou detalhar como pretende entrar no território venezuelano sem ser detido, admitindo que “as circunstâncias hoje são muito complicadas”.

    Acusações e perseguição política - O governo de Nicolás Maduro acusa González de uma série de crimes, incluindo "cumplicidade no uso de atos violentos contra a república, usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desconhecimento das instituições do Estado, instigação à desobediência às leis e associação criminosa". Desde setembro de 2024, González vive exilado na Espanha, após deixar a Venezuela. Ele partiu logo após o Conselho Nacional Eleitoral declarar Maduro como vencedor das eleições gerais, resultado amplamente questionado por líderes mundiais e pela oposição.

    Apesar das ameaças, o opositor mantém sua postura desafiadora, buscando consolidar apoio internacional. Sua agenda inclui encontros com líderes da América Latina. Após dialogar com Javier Milei, ele viajou ao Uruguai, onde se reuniu com o presidente Luis Lacalle Pou, e planeja visitar o Panamá e a República Dominicana.

    Contexto internacional - A tensão em torno da posse de González ocorre em um momento de crescente isolamento internacional do regime de Maduro. Governos latino-americanos e europeus têm expressado preocupação com as denúncias de irregularidades no processo eleitoral venezuelano e com a repressão aos opositores. Enquanto isso, a recompensa oferecida pela polícia venezuelana evidencia a determinação do governo em capturar González, intensificando ainda mais a crise política.

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