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Em resposta a Lula, Maduro esclarece fala sobre 'banho de sangue' e pede a críticos que tomem 'camomila'

"Eu não menti, apenas fiz uma reflexão", disse o presidente da Venezuela a respeito da polêmica declaração

Nicolás Maduro durante campanha eleitoral na Venezuela, em 21 de julho de 2024 (Foto: Palácio Miraflores via Reuters)

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247 - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (23) que sua declaração sobre um "banho de sangue" se ele perder as eleições de 28 de julho foi apenas uma "reflexão" e recomendou que quem se assustou com isso "tome uma camomila". Ele respondeu dessa forma às críticas do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou preocupação com a declaração e destacou a importância de respeitar o processo democrático.

"Eu não menti, apenas fiz uma reflexão, quem se assustou que tome uma camomila porque este povo da Venezuela está calejado e sabe do que estou falando, e na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita, aqui não vem (Javier) Milei", disse o mandatário em um ato de campanha transmitido pelo canal VTV.

Lula, que já havia conversado com Maduro para aconselhá-lo a respeitar o processo democrático, afirmou que "quem perde leva um banho de votos, não um banho de sangue", e que Maduro deveria aprender que "quando se ganha, se fica, e quando se perde, vai embora e se prepara para outras eleições". 

O presidente Maduro também citou eventos passados de violência no país, como o "Caracazo" de 1989, para justificar suas declarações. Enquanto isso, o Brasil enviará observadores da Justiça Eleitoral para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, além do assessor especial de Lula, Celso Amorim. 

Anteriormente, a seguinte declaração de Maduro gerou polêmica, com críticos sugerindo que o mandatário não aceitaria um revés nas urnas no próximo domingo (28): “O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória no dia 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”. (Com informações da EFE). 

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