FMI aprova contas da Argentina e prepara novo desembolso para o governo de Milei
Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional ainda precisa aprovar os empréstimos
RT - O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a revisão das contas do governo do presidente da Argentina, Javier Milei, e abriu a porta para um novo desembolso que poderia chegar a 800 milhões de dólares.
"O pessoal técnico do FMI e as autoridades argentinas alcançaram um acordo ao nível de pessoal sobre a oitava revisão (...) Sujeito à aprovação do Conselho Executivo do FMI, a Argentina terá acesso a desembolsos de acordo com o programa", indicou o organismo em um comunicado.
Também explicou a conclusão da revisão, com base em "resultados melhores do que o esperado", pois todos os critérios de desempenho econômico foram superados.
Entre os resultados mais "notáveis", mencionou o primeiro superávit fiscal trimestral que a Argentina alcançou em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano.
O FMI assegurou que esses "feitos" ocorrem em um contexto de uma contração da atividade econômica que começou no final de 2023.
"As autoridades têm feito esforços significativos para ampliar a assistência social a mães e crianças vulneráveis, bem como proteger o poder aquisitivo das pensões. Continua-se avançando na ampliação do apoio político e social a esses esforços e na luta contra interesses arraigados", celebrou o organismo, embora os dados oficiais não coincidam com esse cenário.
O próprio governo argentino reconheceu que a pobreza aumentou drasticamente nos últimos cinco meses, atingindo 41%.
Elogios - Segundo o FMI, foram alcançados entendimentos sobre políticas para continuar reduzindo a inflação, reconstituir as reservas internacionais, apoiar a recuperação e manter o programa acordado.
O comunicado não poupou elogios à gestão do ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e ao presidente do Banco Central, Santiago Bausili, aos quais o organismo reconheceu seu "contínuo compromisso construtivo" e sua vontade de restabelecer a estabilidade e estabelecer as bases de uma economia mais forte e sustentável.
"Com base no grande progresso feito até a data, as autoridades indicaram que suas políticas continuarão evoluindo para salvaguardar a durabilidade do processo de estabilização e reforma", acrescentou.
O pronunciamento foi emitido pela equipe do FMI, liderada por Luis Cubeddu, subdiretor do Departamento do Hemisfério Ocidental, e Ashvin Ahuja, chefe da Missão para a Argentina.
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