Governo na Nicarágua anuncia medidas para aumentar controle sobre ONGs
As medidas do governo Ortega incluem a exigência de ter uma autorização do governo para os planos de trabalho
SAN JOSÉ (Reuters) – O governo da Nicarágua anunciou várias reformas judiciais para aumentar o controle sobre organizações não governamentais, após mais de 4.000 entidades desse tipo terem sido fechadas, segundo contagens de órgãos de defesa dos direitos humanos.
As medidas incluem a exigência de ter uma autorização do governo para os planos de trabalho e projetos das ONGs, além da eliminação de isenções fiscais para elas.
A relação entre o governo e essas entidades ficará sujeita a um “Acordo de Associação”. Cada uma das organizações enviará ao Estado uma proposta de projeto a ser realizado, de acordo com comunicado emitido pelo Executivo. “O governo e as entidades do Estado poderão, ou não, aceitar as propostas”, afirmou o comunicado. Além disso, “nenhum programa ou projeto será objeto ou sujeito a isenções e outros benefícios fiscais”.
Desde a crise de 2018, quando mais de 362 pessoas morreram em manifestações contra o governo, de acordo com entidades de defesa dos direitos humanos, as autoridades do país fecharam mais de 4.000 ONGs, confiscando seus bens enquanto seus direitores deixavam o país. O governo acusou os órgãos de financiarem grupos da oposição, que pedem desde 2018 a saída do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, além de eleições com a presença de observadores internacionais e a possibilidade de retorno ao país de mais de 700 mil cidadãos que deixaram o território. O presidente declarou partidos opositores como ilegais e expulsou para os Estados Unidos os representantes e líderes da oposição, além de fechar meios de comunicação independentes.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: