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    Milei revisará indenizações às vítimas da ditadura argentina

    Segundo comunicado emitido pelo governo ultradireitista, foram identificadas "irregularidades no tratamento ou pagamento"

    Javier Milei (Foto: Reuters / Agustin Marcarian)

    247 - O governo do presidente Javier Milei anunciou que pretende fazer uma "auditoria abrangente" das indenizações concedidas às vítimas de violações dos direitos humanos durante a ditadura argentina (1976-1983). Segundo comunicado emitido pela gestão ultradireitista, foram identificadas "irregularidades no tratamento ou pagamento".

    O Ministério da Justiça afirmou que auditará "todos os pedidos feitos em nome das leis de reparação". As indenizações concedidas pelas violações dos direitos humanos no regime ditatorial (detenção, exílio ou desaparecimento de um familiar, por exemplo) estão previstas em leis denominadas "reparação às vítimas do terrorismo de Estado", promulgadas nas décadas de 1990 e 2000.

    De acordo com o ministro Mariano Cúneo Libarona, existem "mais de 100 casos" suspeitos de terem recebido cerca de 150 mil dólares (R$ 780 mil). "Em 2021, os pedidos de indenização a familiares de pessoas desaparecidas totalizaram 7.996 casos. E para os exilados, 14.400 casos. No caso dos exilados há muita fraude sobre quem foi e quem não foi", declarou o ministro ao canal de televisão LN+.

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