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      Milei volta a copiar Trump e proíbe cirurgias de mudança de gênero em menores de idade

      Casa Rosada também informou que proibirá que presos possam solicitar transferência de cadeia com base em mudanças de identidade de gênero

      Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou nesta quarta-feira (5) mudanças na Lei de Identidade de Gênero para proibir tratamentos de hormonização e cirurgias de adequação corporal em menores de 18 anos, infomrou o canal C5N.

      Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva com o objetivo de restringir os cuidados relacionados à mudança de gênero para pessoas com menos de 19 anos. Na ordem, Trump afirmou que o apoio federal a esses tratamentos será encerrado. Ele pediu ao secretário de Saúde e Serviços Humanos que "tome todas as medidas apropriadas para acabar com a mutilação química e cirúrgica de crianças".

      Além disso, a Casa Rosada informou que proibirá que presos possam solicitar transferência de cadeia com base em mudanças de identidade de gênero.

      O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, explicou em coletiva de imprensa que a atual legislação, aprovada em 2012 com amplo apoio político, permite que pessoas se submetam a tratamentos de hormonização e cirurgias para adequar seu corpo ao gênero com o qual se identificam. Isso inclui menores de idade, que podem realizar esses procedimentos com o consentimento dos pais ou, em caso de recusa, por meio de autorização judicial.

      Adorni argumentou que essas intervenções expõem as crianças a graves riscos à saúde física e mental, interrompendo seu processo de maturação. Ele destacou que muitos desses tratamentos e cirurgias têm efeitos irreversíveis e citou que países pioneiros em questões de mudança de gênero, como Reino Unido, Suécia, Finlândia e, recentemente, Estados Unidos, estão revogando essas práticas para menores devido às consequências "devastadoras" a longo prazo.

      "Esta medida, longe de afetar um setor específico, visa garantir o interesse superior da criança e proteger a integridade física e mental dos menores. É responsabilidade do Estado Nacional garantir os direitos das crianças, e este é um passo nessa direção", afirmou.

      Adorni também anunciou que o alojamento de detentos será determinado com base no sexo registrado no momento do crime, evitando que a mudança de identidade de gênero seja usada como justificativa para transferências. Ele citou um caso em Córdoba, onde um homem condenado por um crime que incluía violência de gênero declarou-se mulher, foi transferido para uma prisão feminina e abusou de outras internas.

      "Isso demonstra que o sistema atual se tornou uma ferramenta para que pessoas condenadas, inclusive por violência contra mulheres, possam voltar a cometer crimes abomináveis, cujas vítimas também são mulheres", disse.

      "Esta decisão permitirá avançar para um sistema muito mais razoável, que garante a segurança de todas as detentas e põe fim aos delírios promovidos pela nefasta ideologia de gênero", completou.

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