Nicarágua deixa Conselho de Direitos Humanos da ONU
Vice-presidente do país localizado na América Central, a primeira-dama Rosario Murillo chamou a decisão de “soberana e irrevogável”
247 - A Nicarágua anunciou nesta quinta-feira que vai se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU, após um relatório da entidade ter pedido que a comunidade internacional julgue supostas violações de direitos humanos cometidas pelo governo do presidente Daniel Ortega.
A vice-presidente e primeira-dama, Rosario Murillo, chamou a decisão de “soberana e irrevogável”, dizendo que a Nicarágua deixará todas as atividades relativas ao Conselho de Direitos Humanos e seus “mecanismos satélites”.
O relatório da ONU, publicado na quarta-feira, acusa Ortega e Murillo, que também é uma co-presidente, de terem “transformado o país em um Estado autoritário, onde não permanecem instituições independentes”.
Especialistas da ONU pediram ações legais contra a Nicarágua, lembrando acusações dos abusos de direitos humanos no país latino-americano, que segundo eles segue o padrão do que era conhecido anteriormente de crimes contra a humanidade.
No passado, o governo de Ortega já ignorou relatórios da ONU e da Organização dos Estados Americanos (OEA), acusando-os de participarem de uma campanha internacional contra o país. Murillo classificou o relatório da ONU como “falsidades” e “calúnias”.
A Nicarágua foi palco de grandes protestos contra o governo em 2018. A repressão de Ortega resultou na morte de mais de 350 pessoas e atraiu críticas internacionais, de acordo com a Reuters.
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