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Celso Amorim: prisão de adversário de Maduro na Venezuela poderia ser classificada como prisão política

"Não há como se negar que há uma escalada autoritária na Venezuela", disse o assessor internacional da Presidência

Celso Amorim (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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BRASÍLIA (Reuters) - O assessor internacional da Presidência, embaixador Celso Amorim, disse à Reuters que o governo brasileiro considera preocupante o pedido de prisão do candidato presidencial de oposição na Venezuela, Edmundo González, e vê uma escalada autoritária no país vizinho.

"Não há como se negar que há uma escalada autoritária na Venezuela. Não sentimos abertura para o diálogo, há uma reação muito forte a qualquer comentário, temos notícias de várias prisões -- o próprio governo anunciou mais de 2 mil prisões, não sei se para intimidar. Não há dúvida que há um autoritarismo", disse Amorim em entrevista à Reuters nesta terça-feira.

Amorim acrescentou que uma prisão de González poderia ser classificada como uma prisão política, já que ele é candidato presidencial em uma eleição que ainda não se resolveu.

"A situação da eleição na Venezuela não está resolvida, nós não vemos a vitória de um lado ou de outro. Seria uma prisão política, e não aceitamos presos políticos."

O governo brasileiro ainda pretende divulgar uma nota sobre o tema.

De acordo com o embaixador, o governo brasileiro ainda tenta manter uma abertura para tentar uma solução pacífica para a crise venezuelana.

"Alguns dizem que pode ser ingenuidade, talvez até seja mesmo, mas temos ainda esperança de uma solução negociada para a Venezuela", disse, acrescentando: "Nós não queremos salvar o Maduro (Nicolás, presidente do país), queremos salvar a Venezuela."

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