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    Presidente do Chile, Gabriel Boric, é denunciado por assédio sexual

    O presidente do Chile, Gabriel Boric, enfrenta uma nova denúncia de assédio sexual

    Gabriel Boric se pronuncia após plebiscito que rejeitou proposta constitucional da direita (Foto: Prensa Latina )

    247- O presidente do Chile, Gabriel Boric, enfrenta uma nova denúncia de assédio sexual, apresentada ao Ministério Público do país em setembro, mas tornada pública apenas nesta semana. A informação foi divulgada pelo G1, que detalhou o andamento do caso e as reações do mandatário e de sua defesa. Este é o segundo episódio em que Boric é acusado de assédio, sendo que o primeiro, ocorrido durante sua campanha presidencial em 2021, não chegou a ser investigado criminalmente.

    De acordo com o relato da vítima, os fatos teriam ocorrido em 2013, quando Boric, então com 27 anos, havia acabado de se formar em Direito. À época, ele já se destacava como um dos principais líderes estudantis do país, antes de seguir para a política nacional. O chefe do Ministério Público de Magallanes, Cristián Crisosto, confirmou a existência de "um processo criminal relacionado aos fatos indicados", que foi protocolado em 6 de setembro deste ano.

    A defesa de Gabriel Boric se pronunciou na noite de segunda-feira (25), negando veementemente as acusações. Em comunicado, o advogado Jonatan Valenzuela afirmou: "O presidente (...) rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia acabado de finalizar os estudos de Direito". O defensor acrescentou que Boric nunca teve "uma relação afetiva nem de amizade com ela" e que não houve qualquer comunicação entre ambos desde julho de 2014.

    Ainda segundo Valenzuela, a mulher que apresentou a denúncia teria enviado 25 e-mails não solicitados a Boric há uma década, incluindo imagens explícitas. "Dez anos depois, a mesma mulher apresentou uma denúncia sem qualquer fundamento contra o já presidente Gabriel Boric", reforçou o advogado no comunicado.

    A denúncia, embora séria, encontra barreiras jurídicas para avançar. Por ocupar o cargo máximo do país, Boric possui foro especial, o que significa que qualquer investigação criminal dependeria da aprovação judicial para suspender sua imunidade presidencial.

    Repercussões e histórico

    Esta não é a primeira vez que Gabriel Boric enfrenta acusações dessa natureza. Durante a campanha eleitoral de 2021, ele foi alvo de outra denúncia de assédio sexual, que foi negada pelo então candidato e nunca investigada criminalmente. Apesar disso, Boric venceu as eleições e assumiu a presidência em março de 2022, com mandato de quatro anos sem possibilidade de reeleição.

    O caso reacende o debate sobre a responsabilização de líderes políticos diante de denúncias de assédio e a necessidade de procedimentos ágeis para investigação, mesmo em situações envolvendo chefes de Estado. Enquanto isso, a Promotoria continua a analisar os elementos apresentados, sob o escrutínio da opinião pública chilena e internacional.

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